Correio Braziliense
postado em 07/01/2020 10:37
A produção de veÃculos cresceu 2,3% em 2019, informou nesta terça-feira, 7, a Associação Nacional dos Fabricantes de VeÃculos Automotores (Anfavea). Foram 2,94 milhões de unidades fabricadas, em soma que considera os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. É o maior volume anual desde 2014, primeiro ano antes da crise econômica, quando as montadoras produziram 3,15 milhões de veÃculos.
É o terceiro ano seguido de crescimento. O avanço, desde 2018, tem sido impulsionado apenas pelo aumento da demanda no mercado interno. As vendas para o consumidor brasileiro cresceram 8,6% em 2019, para 2,79 milhões de unidades.
A maior parte da expansão do mercado foi puxada pelo cliente pessoa jurÃdica, como locadoras, produtores rurais e frotistas em geral, que compram diretamente das montadoras, sem passar pelas concessionárias e, com isso, conseguem descontos mais vantajosos.
O avanço da produção só não foi maior por causa da queda das vendas para outros paÃses, que ocorreu pelo segundo ano seguido. Com a crise da Argentina, principal destinos das exportações brasileiras de veÃculos, o volume vendido ao exterior caiu 31,9% em 2019, para 428,2 mil unidades, o menor nÃvel desde 2015, quando as exportações somaram 416,9 mil unidades.
Mesmo com o crescimento no volume produzido em 2019, as montadoras mais demitiram do que contrataram no ano passado. Foram 4.013 vagas de emprego fechadas, a maior parte em razão do fim da operação da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo. Só em dezembro, foram eliminados 842 postos de trabalho. O setor fechou o ano com 125.596 funcionários espalhados pelo Brasil.
Dezembro
No último mês do ano, as fábricas produziram 170,5 mil unidades, queda de 3,9% em relação a igual mês de 2018 e de 25% na comparação com novembro.
No mercado interno, foram comercializadas 262,6 mil unidades, aumento de 12% ante igual mês do ano anterior e de 8,4% sobre o resultado de novembro. Na exportação, foram 29 mil vendas, baixa de 8,5% na comparação com dezembro de 2018 e de 8,6% em relação a novembro.
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