Correio Braziliense
postado em 09/01/2020 10:36
O recuo de 1,2% na indústria em novembro ante outubro foi disseminado entre as atividades pesquisadas, ressaltou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE). Em novembro, 16 dos 26 setores investigados registraram redução, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção FÃsica.
As principais influências negativas foram registradas por produtos alimentÃcios (-3,3%), veÃculos automotores, reboques e carrocerias (-4,4%) e indústrias extrativas (-1,7%).
Segundo André Macedo, a redução na fabricação de automóveis puxou a queda na categoria de bens de consumo duráveis, enquanto a menor produção de caminhões pressionou os bens de capital.
"Não só automóveis, a indústria automobilÃstica como um todo tem queda importante. E os dados preliminares para dezembro também mostram uma produção de automóveis em queda", destacou Macedo.
O pesquisador lembrou que a indústria automobilÃstica tem sido sustentada pelo mercado doméstico, uma vez que a crise na Argentina afetou de forma importante a exportação de automóveis para o paÃs vizinho.
"Aà chega no final do ano, tem que ter algum freio de arrumação para que consiga reduzir esse nÃvel de estoques", justificou Macedo.
Quanto ao mau desempenho das indústrias extrativas, a queda foi puxada pela menor produção de minério de ferro. Na indústria alimentÃcia, houve aumento na produção de carnes bovina, suÃna e aves, devido à maior demanda da China, mas a menor fabricação de açúcar puxou o recuo dessa atividade industrial.
Outras contribuições negativas relevantes para o total da indústria em novembro ante outubro foram de outros produtos quÃmicos (-1,5%), máquinas e equipamentos (-1,6%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-5,7%), celulose, papel e produtos de papel (-1,8%), produtos de minerais não-metálicos (-1,8%) e metalurgia (-1,1%).
Na direção oposta, os principais avanços foram registrados por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustÃveis (1,6%), impressão e reprodução de gravações (24,0%) e produtos de borracha e de material plástico (2,5%).
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