Correio Braziliense
postado em 11/01/2020 07:22
O Irã reconheceu neste sábado que suas forças armadas "involuntariamente" derrubaram o avião ucraniano que caiu no inÃcio desta semana, matando todos os 176 a bordo, depois do governo do paÃs ter negado repetidamente as acusações de que era responsável pela tragédia.
O avião foi abatido na última quarta-feira (08), horas após o Irã lançar um ataque contra duas bases militares que abrigavam tropas dos EUA no Iraque, em retaliação pelo assassinato do general Qassem Soleimani em um ataque aéreo americano em Bagdá. Ninguém foi ferido no ataque às bases.
Uma declaração militar realizada por meio da mÃdia estatal disse que o avião foi confundido com um "alvo hostil" depois que tomou a direção de um "centro militar sensÃvel" da Guarda Revolucionária. Os militares estavam em seu "nÃvel mais alto de prontidão", segundo o comunicado.
"Em tal condição, por causa de um erro humano e de maneira não intencional, o voo foi atingido", disseram os militares. O governo se desculpou e prometeu atualizar seus sistemas para evitar futuras tragédias. Os responsáveis pelo ataque ao avião serão processados, acrescentou o comunicado.
O lÃder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, expressou suas "profundas condolências" pelas famÃlias das vÃtimas e instou as forças armadas a "apurar prováveis deficiências e culpados no doloroso incidente".
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, emitiu um comunicado dizendo que a investigação do acidente deve continuar e que os "autores" devem ser levados à justiça. Ele disse que o Irã deveria compensar as famÃlias das vÃtimas e requisitou ao paÃs asiático "desculpas oficiais pelos canais diplomáticos".
Não está claro se o avião foi abatido pelas forças convencionais do Irã ou pela poderosa Guarda Revolucionária, que responde diretamente a Khamenei. Fonte: Associated Press.
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