Economia

Impulsionado pela Black Friday, varejo cresce 0,06% em novembro, diz IBGE

O avanço é o maior desde dezembro de 2016, período crítico da crise no setor, mas segue 3,7% abaixo do recorde alcançado em outubro de 2014

Correio Braziliense
postado em 15/01/2020 10:41

Vendas no varejoO volume de vendas do setor varejista registrou o sétimo resultado positivo seguido em novembro de 2019, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (15/1). O setor avançou 0,06% naquele mês, em comparação com outubro do mesmo ano. 

 

O avanço de 0,06% é o maior desde dezembro de 2016, período crítico da crise no setor, mas segue 3,7% abaixo do recorde alcançado em outubro de 2014. Os principais motivos da alta foram as promoções da Black Friday em todo o mercado nacional.

Em relação a novembro de 2018, o crescimento do varejo foi de 2,9%. O resultado é a oitava taxa positiva seguida na comparação anual. 

 

No acumulado de janeiro a novembro de 2019, a alta no setor foi de 1,7%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Já no acumulado nos últimos 12 meses, ocorreu perda de ritmo nas vendas. Isso porque passou de um avanço de 1,8% em outubro para 1,6% em novembro. 

 

A receita nominal do varejo também subiu em todos os parâmetros. O aumento foi de 0,9% em relação a outubro, 4,9% quando comparado com novembro de 2018, 0,7% na média móvel trimestral, 4,7% no acumulado de janeiro a novembro e 4,7% no acumulado de 12 meses.

 

Entre as Unidades da Federação, as vendas do varejo cresceram em 22 dos 27 estados em novembro do ano passado. Os maiores índices foram registrados em Roraima (9,3%), Rondônia (8,5%) e Acre (6,7%). Distrito Federal, Amapá, Rio Grande do Norte e Santa Catarina foram os estados com as maiores quedas verificadas na pesquisa, com decréscimo de até 0,7% vendas.  

 

Atividades

Das oito atividades pesquisadas, quatro tiveram alta. A alta em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, outros artigos de uso pessoal e doméstico e móveis e eletrodomésticos foram diretamente influenciadas pela Black Friday. Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação também registraram taxa positiva em novembro.

 

O setor registrou queda nas vendas dos segmentos de tecidos, vestuário e calçados e combustíveis e lubrificantes. A atividade de livros, jornais, revistas e papelaria também registrou recuo nas vendas. Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, setor de maior peso no varejo, ficou estável.


O levantamento do IBGE apurou também que no comércio varejista ampliado o volume de vendas recuou 0,5% em novembro, na comparação com outubro. A ampliação, que inclui veículos e materiais de construção, interrompe oito meses de crescimento contínuo, período em que acumulou ganho de 5,1%. O setor de veículos, motos, partes e peças puxou o crescimento, enquanto material de construção se manteve estável.

*Estagiária sob a supervisão de Vinicius Nader

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