O presidente Jair Bolsonaro vai debater a viabilidade do transporte de combustíveis sem a necessidade de intermediários no processo. Depois de ter defendido, na última semana, a comercialização de etanol diretamente entre os postos de combustíveis e as usinas, ele sinalizou apoio à venda direta de óleo diesel e gasolina importada aos postos.
Para a discussão do assunto, ele foi ao ministério de Minas e Energia conversar com o titular da pasta, Bento Albuquerque. Também participa da reunião o diretor-geral da Itaipu Binacional, Joaquim Silva e Luna. Ele não deixou claro todos os assuntos a serem discutidos, mas sinalizou que devem estar na pauta os preços do gás e dos combustíveis.
Desde o início do conflito entre Estados Unidos e Irã no Oriente Médio, Bolsonaro se reúne quase que semanalmente com Bento para discutir medidas para mitigar eventuais impactos sobre os combustíveis. O presidente disse que, na terça-feira (14/1), conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre medidas que, na prática, podem baratear o custo de combustíveis.
Iniciativa
Entre essas iniciativas está a aprovação do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 978/18, de autoria do senador Otto Alencar (PSD-BA). A redação anula um artigo da Resolução 43/09 da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que veda a comercialização de etanol diretamente entre os postos de combustíveis e as usinas.
Mas essa não é a única pauta que Bolsonaro se mostra interessado em votar. “Não é apenas a venda direta de etanol para o posto de combustível, é de outros derivados também. Nós importamos óleo diesel, gasolina. Por que não do porto ir direto para o posto de gasolina? Por que tem que viajar centenas de quilômetros? Isso depende de decisão da ANP. Mas, conversando com Rodrigo Maia, muitas vezes a gente não depende da decisão deles, depende de revogar uma decisão, e o Congresso tem poder para revogar essas decisões”, destacou.
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