O problema acontece porque o sistema do seguro-desemprego não libera o pagamento de quem retirou recursos do FGTS por qualquer motivo que não seja a rescisão do contrato de trabalho, como acontece no saque imediato. O beneficiário, nesses casos, é avisado de que precisa entrar com recurso administrativo para constatar o problema e, se for o caso, receber o seguro.
Os atrasos têm sido notificados desde a segunda quinzena de dezembro, de acordo com a Secretaria de Previdência. Desde então, "o Ministério da Economia começou a corrigir os sistemas para solucionar a questão, com suporte da Caixa", diz o órgão, em nota.
Quem não entrou com recurso não precisa se preocupar, porque, segundo o ministério, o benefício será liberado automaticamente. Mas quem passou pela situação e já recorreu pode acompanhar a situação pela internet (www.gov.br) ou pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.
Entenda
Para receber o seguro-desemprego, o governo faz um cruzamento de dados do trabalhador, para verificar a identidade e a situação de trabalho. No registro do FGTS, a última informação deve ser de demissão sem justa causa, que dá direito ao benefício.
Mas, quando há a movimentação "inesperada" na conta do FGTS, a última informação no banco de dados é sobre o saque, não sobre demissão sem justa causa. Por isso, o benefício não é liberado.