Economia

Liberação de saques do FGTS impede concessão de seguro-desemprego

Os benefícios represados serão pagos até a próxima quarta-feira (22/1), informou a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia

O governo garantiu que vai resolver a falha no sistema que libera o saque imediato do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), responsável por atrasos na concessão do seguro-desemprego. Os benefícios represados serão pagos até a próxima quarta-feira (22/1), informou a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, nesta quinta-feira (16/1).

O problema acontece porque o sistema do seguro-desemprego não libera o pagamento de quem retirou recursos do FGTS por qualquer motivo que não seja a rescisão do contrato de trabalho, como acontece no saque imediato. O beneficiário, nesses casos, é avisado de que precisa entrar com recurso administrativo para constatar o problema e, se for o caso, receber o seguro. 

Os atrasos têm sido notificados desde a segunda quinzena de dezembro, de acordo com a Secretaria de Previdência. Desde então, "o Ministério da Economia começou a corrigir os sistemas para solucionar a questão, com suporte da Caixa", diz o órgão, em nota. 

Quem não entrou com recurso não precisa se preocupar, porque, segundo o ministério, o benefício será liberado automaticamente. Mas quem passou pela situação e já recorreu pode acompanhar a situação pela internet (www.gov.br) ou pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. 

Entenda

Para receber o seguro-desemprego, o governo faz um cruzamento de dados do trabalhador, para verificar a identidade e a situação de trabalho. No registro do FGTS, a última informação deve ser de demissão sem justa causa, que dá direito ao benefício. 

Mas, quando há a movimentação "inesperada" na conta do FGTS, a última informação no banco de dados é sobre o saque, não sobre demissão sem justa causa. Por isso, o benefício não é liberado.