Economia

Déficit do governo central vai a R$ 95,1 bilhões em 2019

O resultado é o melhor desde 2014, também é 23,7% melhor que o de 2018

O governo central fechou o ano de 2019 com um déficit primário de R$ 95,1 bilhões - o equivalente a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O resultado é o melhor desde 2014 e reflete o recebimento de receitas extraordinárias como a da cessão onerosa.

Dados divulgados nesta quarta-feira (29/1) pelo Tesouro Nacional mostram que o déficit registrado no ano passado é R$ 43,9 bilhões inferior à meta prevista para 2019, que era de um resultado negativo de R$ 139 bilhões. O resultado também é 23,7% melhor que o de 2018, quando o rombo chegou a R$ 120 bilhões.

Porém, está um pouco acima das projeções que haviam sido feitas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, no fim do ano passado. Guedes esperava que, ao receber recursos não planejados como o da venda dos campos de petróleo da cessão onerosa, o governo central fechasse o ano com um déficit entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões. 

Ao assumir o Ministério da Economia, por sinal, Paulo Guedes chegou até a dizer que seria possível zerar o déficit primário no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro por conta da cessão onerosa. A arrecadação da cessão onerosa, porém, ficou abaixo do esperado e fez o governo rever essas expectativas, levando o Brasil para o sexto ano consecutivo de déficit nas contas públicas.

Composição do déficit

Segundo o Tesouro Nacional, o déficit primário do governo central em 2019 é resultado de um superávit de R$ 118,1 milhões do Tesouro Nacional e do Banco Central e de um déficit de R$ 213,2 bilhões da Previdência Social. Também contribuiu com esse resultado, contudo, o fato de o governo ter executado uma despesa R$ 41,5 bilhões inferior ao que estava programado.