O déficit primário de 2019 representa 0,85% do PIB. É o melhor resultado desde 2014. Porém, segundo o Banco Central, foi influenciado por fatores não recorrentes, que não estavam nos planos do governo e não devem se repetir neste ano de 2020. Um desses fatores foi a cessão onerosa, que injetou R$ 70 bilhões nas contas públicas brasileiras e ajudou o governo central a reduzir o seu déficit.
De acordo com o BC, o governo central fechou no vermelho em R$ 88,9 bilhões. Esse déficit, porém, é bem menor que o de 2018, que foi de R$ 116,2 bilhões. "O resultado primário do setor público consolidado melhorou R$ 46,4 bilhões no ano de 2019. Desses, R$ 27,3 bilhões são devidos ao governo central", afirmou o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central (BC), Fernando Rocha.
Já os estados e municípios fecharam o ano com um superávit primário de R$15,2 bilhões - resultado que também foi melhor que o de 2018 por conta dos recursos da cessão onerosa. E as estatais tiveram superávit de R$ 11,8 bilhões - valor que também supera o de anos anteriores já que, no fim do ano passado, o governo federal investiu mais de R$ 9 bilhões na capitalização de uma dessas estatais, a Emgepron.