Correio Braziliense
postado em 03/02/2020 17:34
A balança comercial brasileira registrou deficit de US$ 1,745 bilhão em janeiro deste ano, segundo informações do Ministério da Economia. É o pior resultado para o mês desde 2015. As exportações somaram US$ 14,430 bilhões em janeiro, e as importações, US$ 16,175 bilhões. Quando as exportações superam as importações, o resultado é de superavit. Quando acontece o contrário, é de deficit.Em comparação com o mesmo período do passado, as exportações tiveram queda de 20,2%, enquanto as importações apresentaram recuo menor de 1,3%. No acumulado de 12 meses, o saldo comercial é positivo US$ 43,215 bilhões. Queda de 25%, pela média diária sobre o período imediatamente anterior, quando havia somado US$ 56,906 bilhões.
Nas exportações, houve recuo na venda de manufaturados (-27,7%), de semimanufaturados (-25,2%) e no grupo de produtos básicos (-11,9%). Já nas importações a queda foi por conta da aquisição de combustíveis e lubrificantes (-15,3%) e de bens intermediários (-3,4%). Entretanto, subiram as compras de bens de capital (%2b6,6%) e de bens de consumo ( 6,9%).
De acordo com a pasta, o principal fator responsável pela retração das vendas externas foi a não exportação de uma plataforma de petróleo no valor de US$ 1,3 bilhão, que ocorreu em janeiro do ano passado e não se repetiu neste ano. O saldo também foi influenciado pela queda nas cotações internacionais e no volume das exportações de petróleo bruto, cujas vendas caíram US$ 592 milhões em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Na mesma comparação, as vendas de celulose caíram US$ 445 milhões, influenciada pela desaceleração da economia chinesa. Além disso, contribuiu para a queda nas exportações a redução de US$ 270 milhões nas vendas de milho e a diminuição de US$ 255 milhões nos embarques de soja, também provocado pela baixa demanda chinesa, que se refletiu nos preços internacionais.
Coronavírus
Segundo o Secretário de estatística de comércio exterior, Herlon Brandão, até o momento não houve impacto nas operações portuárias na China, com o surto de coronavírus. "Elas são automatizadas, as companhias de seguro recomendam que as tripulações não desembarquem na China, mas isso não afetas as operações portuárias. A operação de grão, por exemplo, é totalmente automatizada, não há contato entre humano e não afeta a operação. Agora monitoramos e na medida em que houver algum efeito sobre a economia chinesa assim como todos os países do mundo o Brasil também pode se afetado", disse.
Estagiária sob supervisão de Vicente Nunes
Estagiária sob supervisão de Vicente Nunes
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