Correio Braziliense
postado em 05/02/2020 04:24
O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Yves Gandra decidiu que os sindicatos dos empregados da Petrobras devem pagar R$ 500 mil de multa, se mantiverem a greve da categoria iniciada em 1º de fevereiro. A decisão também obriga que 90% do efetivo esteja trabalhando nas unidades da estatal.
A Petrobras entrou na segunda-feira com dissídio coletivo de greve contra os sindicatos da categoria, alegando que não houve negociação antes da paralisação, e que a mesma seria abusiva. Os petroleiros cobram a suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), prevista para começar no dia 14 e que deve afetar mais de mil famílias.
Eles também querem o estabelecimento imediato de um processo de negociação com a empresa, acusada pelos trabalhadores de descumprir itens do acordo coletivo de trabalho, com suspensão imediata das medidas unilaterais tomadas pela direção.
A decisão de Yves Gandra também determina que os grevistas “abstenham-se de impedir o livre trânsito de bens e pessoas” na estatal e suas subsidiárias. Desde 10 de janeiro, uma comissão da Federação Única dos Petroleiros ocupa uma das salas da sede da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro.
Apesar da sentença do TST, a greve dos petroleiros, convocada pela FUP, ganhou novas adesões ontem. Após a realização de assembleias com funcionários da Petrobras, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) decidiu acompanhar o movimento. O primeiro a aderir foi o Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP), associado à FNP. Com a união das duas federações, o movimento pode ganhar extensão nacional, já que as duas entidades dividem a representação dos empregados no conjunto das unidades da estatal.
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