Correio Braziliense
postado em 06/02/2020 04:12
As propostas de consulta pública do edital de licitação da tecnologia 5G, com leilão previsto para o segundo semestre estão na pauta da reunião de hoje da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O colegiado terá de deliberar considerando a portaria publicada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) nesta semana, que impõe uma série de medidas ao órgão regulador e às empresas que vencerem a disputa. O maior entrave é fato de que o espectro a ser leiloado, a frequência de 3.5 GigaHertz (GHz), é adjacente à Banda C, usada pelos sinais de TV aberta gratuita por meio de antenas parabólicas, o que pode provocar interferência.O secretário de Telecomunicações do MCTIC, Vitor Menezes, explicou que a portaria garante a proteção dos usuários do serviço de radiodifusão via satélite, em operação na Banda C. “Há estudos que mostram que o 5G na faixa de 3,5 GHz pode fazer com que algumas pessoas deixem de assistir à televisão por satélite”, ressaltou. “Para proteger esses usuários, determinamos que sejam adotadas soluções técnicas, como filtros nas antenas já existentes, ou a migração do sinal para a Banda Ku, que é uma outra posição satelital. Mas a colocação de filtros seria eficaz”, afirmou. Os custos de adoção das medidas são de quem vencer o leilão, conforme a portaria. “Isso vai para empresa resolver”, disse.
Para o secretário, o Brasil não está atrasado na discussão sobre implementação do 5G. “Não podemos considerar países avançados como China, Estados Unidos e Coreia do Sul, mas na comparação com o resto do mundo, estamos na mesma etapa”, disse.
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