Correio Braziliense
postado em 06/02/2020 11:31
Os brasileiros iniciaram o ano de 2020 um pouco menos endividados, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O porcentual de famÃlias com dÃvidas diminuiu para 65,3% em janeiro, após ter alcançado 65,6% em dezembro, o maior patamar da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
Na comparação com janeiro do ano passado, a proporção de endividados era consideravelmente mais baixa, 60,1%.
Para a CNC, o elevado nÃvel de endividamento ainda é compatÃvel com a renda das famÃlias, impulsionado por melhores condições de crédito e pela recuperação do mercado de trabalho.
O porcentual de famÃlias inadimplentes recuou de 24,5% em dezembro de 2019 para 23,8% em janeiro de 2020, a terceira queda consecutiva. Em janeiro do ano passado, o contingente de inadimplentes era menor: 22,9%.
O total de famÃlias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dÃvidas em atraso - e que, portanto, permaneceriam inadimplentes - diminuiu de 10% em dezembro para 9,6% em janeiro. Em janeiro de 2019, essa população somava 9,1%.
A parcela média da renda comprometida com o pagamento de dÃvidas encolheu de 29,7% em dezembro para 29,4% em janeiro deste ano, o nÃvel mais baixo desde maio de 2019.
"A proporção do comprometimento da renda com dÃvidas vem caindo desde novembro de 2019 e reforça que o consumo está sendo retomado através do que se pode chamar de dÃvida responsável, com as famÃlias se organizando para pagar empréstimos e financiamentos", avaliou a economista Izis Ferreira, da CNC, em nota oficial.
Segundo Izis, havia uma demanda represada das famÃlias por bens de consumo que são mais dependentes do crédito, como móveis e eletrodomésticos.
O cartão de crédito manteve a liderança no ranking de dÃvidas, citado por 79,8% dos entrevistados, seguido por carnês (15,9%) e financiamento de carro (10,9%).
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