Economia

Correção: Bolsa fecha em baixa de 1,23%, aos 113.770,29 pontos

Correio Braziliense
postado em 07/02/2020 19:53
A enviada anteriormente continha um declaração incompleta do secretário Waldery Rodrigues que levou a uma incorreção. Ele se referia à aprovação no 1º semestre da PEC Emergencial, PEC dos Fundos e PEC do Pacto Federativo. Segue a nota corrigida: Após perda de 3,90% na semana anterior - a maior desde agosto de 2019 -, o Ibovespa parecia a caminho de acumular ganho nesta primeira semana de fevereiro, mas acabou no zero a zero no período (+0,01%), com o dólar em nova máxima histórica, a R$ 4,3209 (+0,83% na sessão). Ao final, o principal índice da B3 acentuou perdas e cedeu dos 114 mil pontos, em baixa de 1,23%, a 113.770,29 pontos, praticamente na mínima do dia, apesar do desempenho positivo das ações de bancos e Petrobras ON (+0,51%), pesos-pesados do Ibovespa. O giro financeiro foi de R$ 24,6 bilhões, com o índice oscilando entre mínima de 113.769,14 e máxima de 115.189,97 pontos. No ano, o Ibovespa acumula agora perda de 1,62%. No exterior, as perdas, mais moderadas, estenderam-se da Ásia e Europa aos EUA, com os três índices de Nova York registrando baixa entre 0,5% e 0,9%, aprofundadas à medida que se aproximava o fim da sessão, levando consigo o Ibovespa, com os investidores, aqui e fora, evitando tomar posição antes do fim de semana, tendo em vista a cautela que ainda persiste em torno do coronavírus. "Temos uma situação agora que ainda reflete a incerteza do coronavírus - que afeta em particular o setor de commodities, ao qual a Bolsa tem exposição - e a força do dólar, que reflete por um lado a pujança da economia americana e, por outro, o fim do apelo do 'carry trade', com a redução de juros no Brasil sendo um desincentivo a operações de arbitragem", diz Maurício Pedrosa, sócio da Áfira Investimentos. Notícias indicando suspensão de contratos de fornecimento de commodities na China por conta do vírus, em meio à longa interrupção de atividades produtivas na segunda maior economia do mundo, colocaram pressão nesta sexta-feira nas ações da Vale e do setor siderúrgico. Vale ON fechou em baixa de 2,21%, com Gerdau PN em queda de 4,66%, CSN, de 3,78%, e Usiminas, de 4,18%. Destaque negativo também para o setor de papel e celulose, outro muito correlacionado à demanda chinesa, com Klabin em baixa de 2,51% e Suzano ON, de 3,24% no fechamento da sessão. Hoje, o Federal Reserve avaliou que os possíveis impactos do surto na China são um fator de risco à perspectiva e que o evento pode causar problemas para o restante da economia global. De acordo com relato da Reuters, os ministros de Finanças da zona do euro vão recomendar uma política fiscal expansionista, caso os riscos negativos para a economia se materializem, informaram três funcionários da União Europeia. Por aqui, o secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou que a Reforma Tributária é prioridade dentro do governo porque impacta o crescimento da economia. A proposta do governo será entregue em breve, informou. "Trabalhamos com a aprovação nas duas casas do Congresso neste semestre das três PECs do Plano Mais Brasil (PEC Emergencial, PEC dos Fundos e PEC do Pacto Federativo). Já avançou bastante nas duas casas", disse após evento na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. No Brasil, os ativos de risco seguem em ajuste também à perspectiva da política monetária, bem como ao dólar, em novas máximas históricas. "Tivemos três dias de alta para o Ibovespa na semana, com duas perdas no fim, a partir do Copom, que deixou claro a interrupção no ciclo de cortes de juros", diz Matheus Soares, analista da Rico Investimentos, destacando a ata da reunião do comitê, na próxima semana, como uma oportunidade de entendimento mais detalhado sobre o pensamento do BC no momento.

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