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"A verdade é que ninguém sabe ao certo quais serão os impactos econômicos da epidemia, se irá se alastrar mundo afora ou será contida pelos chineses"

Correio Braziliense
postado em 12/02/2020 04:26


Investidores exageraram 
no pessimismo com o coronavírus?
O bilionário americano Ray Dalio é dono de um dos maiores fundos de investimentos do mundo e uma das vozes mais respeitadas do mercado financeiro. Ele costuma acertar suas previsões — anteviu a crise do subprime de 2008 e a eleição de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos —, o que explica por que é tão consultado para assuntos diversos. Nesta semana, em conferência realizada em Abu Dhabi, arriscou-se a analisar o impacto da epidemia de coronavírus nos mercados acionários globais. Dalio disse que os investidores exageraram na dose de pessimismo. “Eles talvez tenham provocado um efeito excessivo nos preços dos ativos ”, afirmou. “Então, eu esperaria uma recuperação.” A verdade é que ninguém sabe ao certo quais serão os impactos econômicos da epidemia, se irá se alastrar mundo afora ou será contida pelos chineses. Enquanto não houver um retrato mais preciso da crise, é provável que as fortes oscilações na bolsa continuem. “É hora de ter cautela”, disse Dalio.


Epidemia fará PIB dos EUA crescer menos
Enquanto continuam as incertezas sobre o coronavírus, os especialistas calculam os efeitos da epidemia na economia. A S&P reduziu as estimativas de crescimento do PIB americano no primeiro trimestre de 2,2% para 1%. Segundo a agência, a maior parte do impacto para o país será mesmo nos três primeiros meses do ano, enquanto o segundo trimestre deverá ser de recuperação. Não custa lembrar: 2020 é ano de eleição presidencial nos EUA e a economia tem papel vital no desempenho dos candidatos.


15%

a mais de lucro os três maiores bancos privados do Brasil tiveram em 2019 na comparação com 2018. Juntos, Itaú Unibanco, Santander Brasil e Bradesco embolsaram R$ 68,8 bilhões







Juro nominal brasileiro é o oitavo maior do mundo
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros, a Selic, para 4,25% ao ano. Apesar de ser o índice mais baixo da história, ainda está entre os maiores do mundo. Segundo ranking da gestora de investimentos Infinity Asset, o juro nominal brasileiro é o oitavo mais alto. A lista é liderada pela Argentina (48%), seguida por Turquia (11,25%) e México (7,25%). De acordo com o estudo, a média geral do ranking é de 3,13%.


Na indústria, faltam profissionais qualificados
A indústria brasileira deve superar um grande obstáculo para crescer: a escassez de profissionais qualificados. Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) concluiu que metade dos fabricantes do país sofre para encontrar trabalhadores preparados para as funções oferecidas. O problema é que a carência de profissionais tende a se agravar à medida que aumentar o ritmo de expansão da economia. Será um tremendo desafio preencher as  melhores vagas.



Rapidinhas

» Gestores de fundos de investimentos da XP ficaram animados com as novas diretrizes de Bruno Blatt, presidente da Qualicorp desde novembro de 2019. Durante o evento “Healthcare Meetings”, o executivo disse que a empresa está criando áreas de negócios — que ele chama de squad — para atender seus diferentes públicos.
 

» Os dois acidentes com o 737 Max empurraram a Boeing para uma crise sem-fim. Em janeiro, a empresa quebrou uma marca histórica: pela primeira em 58 anos não recebeu encomendas no mês. Os clientes da fabricante americana têm evitado fazer pedidos até que o 737 Max seja liberado pelos reguladores.




» A livraria Saraiva teve prejuízo de R$ 9,5 milhões em dezembro do ano passado. Parece um resultado ruim — bom não é —, mas há quem veja o copo meio cheio. No mesmo período de 2018, a empresa perdeu R$ 146,5 milhões. Em recuperação judicial desde setembro de 2019, a Saraiva adotou um agressivo programa de corte de custos.


» O coronavírus causará impactos na economia global, mas alguns faturam com a crise. É o caso dos investidores de bitcoin. Nos últimos dias, a moeda ultrapassou os US$ 10 mil, valor mais alto desde setembro de 2019. Com a epidemia na China, muita gente tem procurado ativos menos suscetíveis ao avanço do vírus — é aí que entram as criptomoedas.
 
 

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