Correio Braziliense
postado em 12/02/2020 18:11
A Fiat Chrysler estima que o mercado de veÃculos leves novos no Brasil deve crescer 6% em 2020, para 2,8 milhões de unidades, afirmou nesta quarta-feira, 12, o presidente do grupo para a região da América Latina, Antonio Filosa, em conversa com jornalistas, em São Paulo. Por outro lado, o mercado argentino, principal destino de exportações para os carros brasileiros, deve recuar de 10% a 15%, disse o executivo.
Na avaliação de Filosa, as vendas no Brasil vão crescer tanto para o consumidor pessoa fÃsica, que ele chamou de famÃlias, quanto para os clientes corporativos, das pequenas à s grandes empresas. Para as "As vendas para as famÃlias vão demorar um pouco mais para acelerar, o que deve ocorrer só no segundo semestre, depois de ter crescido pouco no ano passado", disse o presidente da Fiat Chrysler.
Na visão do executivo, o mercado será impulsionado principalmente pelo crédito, com aumento das vendas financiadas no total comercializado. Com a inadimplência controlada e os juros em mÃnima histórica, os consumidor pessoa fÃsica e jurÃdica terão mais acesso ao crédito, acredita Filosa. "A participação das vendas financiadas já passou de 50% e deve chegar a 54%, 55%", afirmou.
Segundo ele, as famÃlias vão demorar mais para acelerar as vendas porque ainda dependem de novos aumentos na confiança e reduções nas taxas de desemprego. O executivo, contudo, já vê alguma melhora. "A confiança tem aumentado, a partir da agenda econômica do governo, que dá algum conforto, e o desemprego já estabilizou e tem caÃdo levemente", disse.
Na Argentina, Filosa acredita que a crise econômica ainda deve castigar o paÃs por mais algum tempo, com uma volatilidade cambial "muito forte" e efeitos negativos causados pela queda da demanda chinesa por commodities produzidas pelos argentinos. "É muito difÃcil definir um ponto de inflexão para o mercado argentino. Achamos que o segundo semestre pode começar a ter uma melhora, mas o mês de janeiro não foi bom", afirmou.
América Latina
O presidente da Fiat Chrysler para a América Latina afirmou que há "boa possibilidade" de sinergia com o grupo PSA em todas as regiões onde os dois grupos estão presentes, menos o Nafta (América do Norte). Ainda segundo ele, a América Latina (que exclui o México na classificação da empresa) é a segunda região onde esse processo deve ocorrer com mais intensidade, atrás da região de EMEA, que reúne Europa, Oriente Médio e Ãfrica.
Os dois grupos estão em processo de fusão e, de acordo com Filosa, o trâmite deve durar um pouco mais de 12 meses. "Depois disso, no começo do ano que vem, teremos tudo detalhado, dentro das duas empresas, de como será a reorganização", afirmou. "Até lá, ficamos exatamente como estamos", disse o executivo, em conversa com jornalistas, em São Paulo.
No Brasil, a Fiat Chrysler tem fábricas em Betim, Minas Gerais, e Goiana, Pernambuco. O grupo produz carros das marcas Fiat e Jeep.
Fiat 500 elétrico
O presidente da Fiat Chrysler para América Latina confirmou que o grupo deve lançar no Brasil, no fim de 2020, uma versão elétrica do Fiat 500. Será o primeiro automóvel elétrico do grupo no mercado brasileiro. O modelo será importado.
O grupo, que também é dono da marca Jeep, pretende lançar versões hÃbridas das SUVs Compass e Renegade. Os dois modelos, embora sejam produzidos no Brasil com motor a combustão, seriam importados na versão hÃbrida.
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