Correio Braziliense
postado em 13/02/2020 04:05
A Caixa Econômica Federal baixou os juros para as construtoras e anunciou ontem medidas para fomentar a construção civil. Na modalidade tradicional, atrelada à Taxa Referencial (TR), a taxa mínima para clientes do banco, caiu de 9,25% ao ano para 6,5%. Já o percentual máximo para quem não tem relacionamento com a Caixa baixou de 13,25% para 11,75% ao ano.
Além disso, serão lançadas linhas para financiamento de construtoras corrigidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), já ofertadas para pessoas físicas desde agosto, e com juros flutuantes, na modalidade que acompanha as taxas de Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Na linha atrelada ao IPCA, será cobrada taxa 3,79% ao ano, somada à inflação, para clientes. Para as demais empresas, será de 7,80% ao ano, mais o índice oficial de preços.
Na modalidade vinculada ao CDI, a taxa cobrada corresponderá a 119% desse indicador para construtoras que têm relação com o banco, e de 194% para as que não são clientes. Haverá ainda modalidade em que, além da variação do CDI, será cobrada taxa de 1,48% para empresas com relação com a Caixa, e de 5,40% para aquelas sem relacionamento. “São demandas das empresas que agora estamos colocando em prática”, declarou o vice-presidente de Habitação, Jair Mahl.
As novas condições passarão a valer a partir da próxima segunda-feira. As construtoras terão prazo de carência de até 12 meses, enquanto o prazo para a construção será de até 36 meses. Segundo a Caixa, as medidas representam uma inovação no mercado imobiliário e devem estimular o setor da construção civil, considerado um dos mais dinâmicos da economia. Como consequências das medidas, são esperadas a retomada dos lançamentos de empreendimentos, a geração de empregos, renda e maior acesso à moradia. Outro objetivo é ampliar a presença do banco no mercado de financiamentos para pessoas jurídicas.
Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, as mudanças fazem parte da preparação para um grande movimento de securitização no mercado. “Estamos bem maduros para começar a securitização em IPCA e acreditamos que isso vai ser uma evolução, porque, a partir do momento em que a gente consegue fazer as operações por IPCA, tem uma garantia muito mais efetiva para o mercado”, afirmou.
Os novos indexadores estarão disponíveis para os programas Apoio à Produção e Plano Empresa da Construção Civil, também chamado de Plano Empresário. A primeira modalidade permite o financiamento do custo total da obra, além de possibilitar aos clientes pessoa física o financiamento para aquisição de sua unidade desde o início da construção do empreendimento. Já a segunda é voltada para empresas que querem produzir imóveis.
No ano passado o banco já havia reduzido sensivelmente as taxas para pessoas físicas, mas ainda não para empresas. Com a redução de todas as linhas de crédito, a expectativa é de trazer uma demanda maior. “Mesmo tendo crescido mais do que 100% no financiamento da produção, nossa fatia de mercado está em torno de 30% na área de pessoas jurídicas. Temos a expectativa de alcançar 70%”, acrescentou o presidente do banco.
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