Economia

Trabalho informal é principal ocupação em 11 estados brasileiros, diz PNAD

Na média brasileira, a taxa de informalidade foi de 41,6%, o equivalente a 38,4 milhões de pessoas

Correio Braziliense
postado em 14/02/2020 13:40
A informalidade acima de 30% e menor do que 50% atinge 15 estadosO trabalho informal é a principal ocupação da população brasileira em 11 estados brasileiros, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) divulgada nesta sexta-feira (14/2).

O recuo do desemprego em 2019 foi puxado pelo aumento da informalidade, que atingiu 41,6%, alcançando 38,4 milhões de pessoas, um acréscimo de 0,3 ponto percentual e um aumento de um milhão de pessoas. 

A informalidade entre 30% e 50% atinge 15 estados. Pernambuco é o maior nessa faixa com 48,8%. Outros 11 estados ficam acima de 50% e Piauí se destaca com 59,5%. Somente duas unidades federativas ficaram abaixo de 30%, Santa Catarina e o Distrito Federal, com 27,3% e 29,6% respectivamente. Maranhão e Pará estão acima de 60%. 

A taxa de desocupação no Brasil recuou em nove das 27 unidades da federação no 4º trimestre de 2019 com relação ao trimestre julho-setembro. O levantamento mostra que a queda passou de 11,8% para 11% no período. Na comparação com o mesmo trimestre de 2018, houve um recolhimento de 0,6 ponto percentual. A média anual passou de 12,3% no ano retrasado para 11,9% em 2019. 

A taxa composta de subutilização da força de trabalho, que representa pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada, foi de 23%.

O estado que representou a estimativa mais alta foi o Piauí, com 42%. A Bahia aparece logo em seguida com 39%. O Maranhão está em terceiro, com 38,2%. Santa Catarina (10,2%), Mato Grosso (12,9%) e Rio Grande do Sul (14,6%) são as unidades da federação que apresentaram menores índices. 

O número de desalentados no 4º trimestre de 2019 foi de 4,2% e ficou estável em ambas as comparações. Maranhão e Alagoas registraram os maiores percentuais e Santa Catarina (0,8%) e Rio de Janeiro (1,2%) os menores.

Os trabalhadores empregados com carteira assinada eram 74% do total de empregados no setor privado do país. A população ocupada no Brasil que trabalha por conta própria era de 26%. O Distrito Federal aparece em primeiro lugar quando se trata de menores taxas nessa classificação, com 19,4%. 

Quando se leva em consideração o tempo de procura, cerca de 2,9 milhões de brasileiros desempregados buscam por um trabalho há pelo menos dois anos ou mais no trimestre encerrado em dezembro, o que representa cerca de 25% dos que não têm emprego.

* Estagiário sob a supervisão de Vinicius Nader

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