Economia

Sem NY, Bolsa sobe com alta de commodities, mas bancos limitam ganhos

Correio Braziliense
postado em 17/02/2020 18:33
Sem a direção dos mercados acionários em Nova York pelo feriado do dia do presidente nos Estados Unidos, mas refletindo a recuperação das commodities no mercado internacional, o Ibovespa encerrou a sessão aos 115.309,08 - subindo 0,81 dos 114.381,36 pontos da abertura. Nesse contexto, as ações da Vale e de empresas correlatas se destacaram em sessão de vencimento de opções sobre ações que movimentou R$ 8,47 bilhões. O giro do dia alcançou R$ 26,4 bilhões. "Hoje vemos a Bolsa recuperando terreno, principalmente por causa de melhora do humor no exterior com a recuperação de commodities e, localmente, notícias corporativas", pontua Raphael Figueredo, da Eleven Financial Research. Nesse sentido também ajudam as perspectivas positivas para a boa perspectiva dos balanços de Petrobras e Vale a serem divulgados na quarta e quinta-feira, respectivamente. Com o maior peso na carteira teórica do Ibovespa, as ações preferenciais do Itaú, em queda, assim como seus pares Bradesco e as ordinárias do Banco do Brasil fizeram o contraponto e limitaram o ímpeto de alta do índice à vista. Na avaliação de Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital ModalMais, os investidores de ações do setor financeiro estão ressabiados com a concorrência. Nesse sentido, a criação de um grupo pelo Banco Central para acelerar as fintechs pesa. "A inflação caindo e a abertura para maior redução de juros e dos spreads bancários também influenciam", nota. Boletim Focus divulgado pelo Banco Central trouxe mais uma rodada de redução das projeções dos economistas do mercado financeiro para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) e para a inflação. De acordo com o relatório, a expectativa de crescimento neste ano caiu de 2,30% para 2,23%, sendo que há quatro semanas, era de 2,31%. Já a mediana para o IPCA em 2020 ano foi de alta de 3,25% para 3,22%. Há um mês, estava em 3,56%. Para 2021 seguiu em 3,75%. Figueredo chama a atenção para a temporada de balanços, que têm vindo positivos e acabam colaborando para "segurar" a Bolsa brasileira ou para fazer com que a queda seja mais branda em um ambiente ainda de incertezas a respeito dos impactos econômicos globais por causa do surto de coronavírus.

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