Correio Braziliense
postado em 18/02/2020 07:02
Cerca de 2,7 milhões de veÃculos com possÃvel defeito no sistema de airbag que provocou a morte de um motorista no Rio de Janeiro no fim do mês passado ainda circulam por todo o PaÃs. Eles são de diversas marcas e estão incluÃdos na lista de 5,4 milhões de automóveis que foram convocados para substituição do equipamento desde 2013, conforme dados do Procon-SP - mas ainda não foram levados à s concessionárias para o conserto.
Todos os veÃculos são equipamentos com um ou mais airbags fabricados pela antiga Takata (hoje Joyson Safety).
O equipamento apresentou defeito de fabricação que provoca o lançamento de peças de metal quando o airbag é acionado em caso de acidente. O problema levou ao maior recall da indústria automobilÃstica do mundo (mais de 30 milhões de veÃculos nos últimos sete anos), e do Brasil, com 5,4 milhões de unidades, a maior parte das japonesas Honda, Toyota e Nissan.
Há relatos de 22 mortes e mais de 200 feridos, a maioria nos Estados Unidos. No Brasil, só a Honda informou que há registros de 16 feridos, sendo um deles fatal, o motorista do Rio.
O primeiro caso no Brasil envolveu um New Civic LXS 2008. Segundo a empresa, o modelo foi convocado em 2015, mas não foi levado para substituir o inflador do airbag. A Honda não divulgou dados da vÃtima.
Pelos relatórios do Procon e da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), em média apenas metade dos veÃculos que passam por recall são levados para conserto.
A Honda disse que, ao todo, há 906,2 mil veÃculos da marca que deveriam substituir 1,6 milhão de insufladores, sendo que 61% já passaram pelo serviço.
A Toyota informou que convocou 1,4 milhão de modelos por causa do defeito do airbag e que 61,4% atenderam. O recall da Nissan envolve 340 mil airbags, sendo que 55% foram substituÃdos (a empresa não informou número de carros).
A partir deste ano, portaria do Ministério da Justiça prevê que o não atendimento ao recall em até um ano vai constar no Certificado de Registro do veÃculo. A medida prevê ainda ações mais efetivas para a realização do recall.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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