Correio Braziliense
postado em 19/02/2020 09:17
A epidemia de coronavírus, que paralisa a atividade econômica na China, pode ter reduzido as emissões de CO2 do gigante asiático em pelo menos 25%, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (19/2), mas o impacto pode ser apenas momentâneo.O recesso do Ano Novo Lunar, que aconteceu em 25 de janeiro, foi prorrogado de fato até 10 de fevereiro.
Desde então, em consequência das drásticas medidas de contenção e das restrições aos deslocamentos para conter a epidemia, muitas fábricas permanecem inativas ou funcionam de modo parcial.
Desta maneira, o consumo de energia e as emissões de gases do efeito estufa diminuíram em 100 milhões de toneladas na comparação com o mesmo período do ano passado, afirma um estudo divulgado pelo site especializado Carbon Brief.
Nas duas últimas semanas (de 3 a 16 de fevereiro), as emissões de CO2 se aproximam de 300 milhões de toneladas, mostra o estudo elaborado pelo Centro de Pesquisas sobre Energia e Ar Limpo (CREA), que tem sede na Finlândia.
Nas duas semanas posteriores ao recesso de Ano Novo em 2019 o país emitiu 400 milhões de toneladas.
"A redução do consumo de carvão e petróleo mostra uma queda de, pelo menos, 25% das emissões na comparação com o mesmo período no ano passado, o equivalente a uma diminuição de 6% das emissões mundiais durante o período", destaca o estudo.
Uma queda deste tipo durante duas semanas poderia representar, por si só, uma redução de aproximadamente 1% das emissões anuais da segunda maior economia mundial.
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