O dólar voltou a subir nesta quarta-feira (19/2), renovando sua máxima histórica. É o segundo recorde consecutivo no mês, que conta com as dez cotações mais altas já registradas no mercado. A moeda norte-americana terminou com avanço de 0,17%, cotada a R$ 4,365, com dados mais fortes sobre a economia dos Estados Unidos.
O câmbio vem sendo influenciado também pelos juros em mínimas históricas no Brasil e as perspectivas sobre o ritmo de crescimento da economia brasileira. Os analistas seguem monitorando a atuação do Banco Central brasileiro, com uma possível nova intervenção da autoridade monetária no câmbio.
Contudo, a perspectiva de uma nova rodada de intervenção por meio de contratos de swap cambial, que equivalem a venda de dólar no futuro, são reduzidas. Segundo o diretor da Mirae Asset, Pablo Spyer, o Banco Central já seu o recado. “Só vão fazer um novo leilão se oscilar no vazio e sem corresponder ao mercado internacional. Se o dólar estivesse caindo no mundo todo e no Brasil subindo”, afirma. O presidente do BC, Roberto Campos Neto diz estar tranquilo em relação ao câmbio.
O Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) apresentou alta expressiva com o ânimo externo e também puxado pelo desempenho das ações da Petrobras, antecedendo a divulgação do resultado do quarto trimestre da companhia. A expectativa é de números sólidos, guiados pelos dados de produção da estatal. Com isso o índice alcançou ganho de 1,34%, a 116.517 pontos e volume negociado de R$ 23,439 milhões.
“Temos uma correlação positiva com bolsas americanas, os bons resultados corporativos aqui dentro de casa e todo mundo aguardando o balanço da Petrobras que saiu após o pregão. Nos Estados Unidos temos também uma nova máxima histórica com S&P e Dow Jones, que é muito importante. As bolsas avançaram dados locais que mostram crescimento histórico robusto e todos expectativa positiva de que a China vai tomar novas medidas de combate a desaceleração econômica do coronavírus”, avalia Spyer.
O governo chinês se comprometeu a lançar estímulos mais efetivos na economia, diante de uma desaceleração econômica devido ao surto de coronavírus. Segundo o economista da BlueMetrix Ativos, Renan Silva, isso faz com que os investidores entendam que a China voltará gradualmente para sua atividade economia, voltando a demandar matéria prima e insumos como antes.
Ele ressalta o momento que contribui para a alta da bolsa brasileira. “Dado que os preços já estavam descontados, gerou boa janela de oportunidade de reentrada na bolsa de valores. Ainda há um consenso de que a bolsa é atrativa, oferecendo boas empresas pagadoras de dividendos e tbm perspectiva de crescimento esperado próximos dados. Em geral a primeira percebe que os resultados em geral são melhores que 2018 e o último trimestre de 2019 foi relativamente bom”, diz Silva.
*Estagiária sob supervisão de Humberto Rezende
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