Correio Braziliense
postado em 20/02/2020 08:50
A confiança do consumidor recuou 2,6 pontos em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Ãndice de Confiança do Consumidor (ICC) alcançou 87,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, o Ãndice caiu 0,6 ponto.
"A perda de confiança pelo segundo mês consecutivo decorre de piora nas expectativas para os próximos meses. Apesar da reversão da piora na percepção sobre a situação no momento ocorrida no mês passado, há ainda um longo caminho de recuperação. As perspectivas menos favoráveis sobre a situação financeira familiar dos consumidores de renda mais baixa estão relacionadas ao mercado de trabalho, e para os consumidores com renda mais alta, ao aumento de incerteza econômica, e à alta do câmbio, levando-os a postergar consumo", avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Ãndice de Situação Atual (ISA) aumentou 2,2 pontos em fevereiro, para 80,9 pontos, o maior nÃvel desde janeiro de 2015 (81,6 pontos). Já o Ãndice de Expectativas (IE) caiu 5,7 pontos, o segundo mês consecutivo de perdas, retornando ao mesmo patamar de julho de 2018, de 93,2 pontos.
O componente que mede a intenção de compras de bens duráveis nos próximos meses despencou 12,0 pontos em fevereiro, para 64,3 pontos, o menor nÃvel desde dezembro de 2016, acumulando uma perda de 17,4 pontos nos últimos dois meses.
"O resultado parece estar sendo influenciado por uma revisão das expectativas em relação à economia nos próximos meses e um menor otimismo com relação a situação financeira das famÃlias e do emprego", apontou a FGV, em nota.
O componente que mede as perspectivas sobre as finanças familiares piorou pelo segundo mês consecutivo, com queda de 1,7 ponto em fevereiro, para 99,2 pontos. O item que mede as expectativas sobre economia nos próximos meses caiu 2,6 pontos, após três meses de altas.
Houve piora na confiança entre os consumidores de todas as classes de renda, principalmente entre os que possuem renda familiar mensal acima de R$ 9,6 mil, com recuo de 3,0 pontos em fevereiro.
A Sondagem do Consumidor coletou informações de 1.713 domicÃlios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 31 de janeiro e 18 de fevereiro.
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