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O problema é que o país tem pressa e não pode mais ficar à mercê de crescimentos tão modestos

Correio Braziliense
postado em 26/02/2020 04:05
O problema é que o país tem pressa e não pode mais 
ficar à mercê de crescimentos tão modestos

Meirelles e Paulo Guedes empatam no jogo do PIB

Poucos profissionais são tão vaidosos quanto economistas. Henrique Meirelles, atual secretário da Fazenda de São Paulo e homem forte da economia no governo Michel Temer, tem instigado os interlocutores com uma análise curiosa. Meirelles (foto) lembra que, em 2017 e 2018, durante a sua gestão, o PIB do Brasil cresceu 1,1% (foi o mesmo percentual nos dois anos). Ele diz que pegou um a profunda recessão e que entregou a casa arrumada para o sucessor, Paulo Guedes. Mesmo assim, argumenta Meirelles, a economia brasileira avançou em 2019 (já sob o comando de Guedes) o mesmo que nos dois anos anteriores. A dura realidade é que, desde 2017 (dois anos de Meirelles e um de Guedes, portanto), o PIB brasileiro teima em não deslanchar. Para ser justo com Meirelles e Guedes, é preciso reconhecer que, antes deles, o Brasil andava para trás e que, agora, ao menos, o caminho é para frente. O problema é que o país tem pressa e não pode mais ficar à mercê de crescimentos tão modestos.


O peso político do dólar a R$ 5


Nos últimos dias, tem chamado a atenção a velocidade da alta do dólar, que se aproxima de R$ 5 nas casas de câmbio. Isso não preocupa o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele disse que o dólar caro veio para ficar e argumenta que o novo cenário é positivo para o país. Como fica o bolso do cidadão comum? A classe média vai reclamar, especialmente aquela que viaja para o exterior — e que ajudou a eleger Bolsonaro. Na análise do dólar, é preciso calcular o impacto político. Ele não será pequeno.


Coronavírus 1:
Coreia do Sul e Japão fecham fábricas


Depois de a China paralisar a sua produção industrial por causa do avanço do coronavírus, outros países asiáticos seguem o mesmo roteiro. A Samsung fechou a fábrica de smartphones na cidade de Gumi, um dos principais polos tecnológicos da Coreia do Sul, após a contaminação de um funcionário. No Japão, a Nissan interrompeu a produção na planta de Fukuoka por falta de peças que deveriam ter sido enviadas pelos chineses. A epidemia não dá trégua e ameaça cada vez mais a economia global.


Coronavírus 2:
Comércio mundial poderá encolher em 2020

O comércio mundial corre o risco de emperrar em 2020 após uma década de crescimento consistente. E por uma razão bem clara: coronavírus. A epidemia paralisou as atividades econômicas na China e provocou estragos em diversos países. No fim do ano passado, antes da explosão da doença, a Organização Mundial do Comércio (OMC) já havia detectado uma queda na venda de mercadorias entre os países motivada principalmente pela guerra comercial entre Estados Unidos e China.


US$ 221 bilhões
É o valor da marca Amazon, a mais valiosa do mundo, segundo ranking da consultoria Brand Finance. Depois estão Google (US$ 160 bilhões) e Apple (US$ 140 bilhões)


"Não compre ou venda ações com base nas manchetes. O longo prazo não muda com o coronavírus”
Warren Buffett, lendário investidor americano


Rapidinhas
  • A partir deste domingo, por determinação do Banco Central, as compras feitas em moeda estrangeira com cartão de crédito devem vir na fatura com o valor equivalente em reais do dia em que foram realizadas. A maior parte dos bancos fazia a cobrança no fechamento da fatura, deixando os clientes expostos a flutuações de taxas.

  • O cashback, que consiste na devolução de parte do valor gasto nas compras em forma de crédito, avança para todas as áreas de negócios. O Spotify, maior serviço de streaming de música paga do mundo, acaba de adotar o modelo. Os clientes poderão resgatar um percentual da assinatura mensal em 140 mil empresas parceiras.

  • Muitos clientes da distribuidora Enel continuam sofrendo com a interrupção de energia, mas a empresa italiana garante que tem investido para melhorar os serviços oferecidos no Brasil. Em 2019, o grupo diz ter instalado 20 mil equipamentos telecomandados, que permitem a religação do sistema remotamente, em apenas alguns minutos.

  • É curioso como algumas empresas da nova era tecnológica focam no crescimento e parecem abdicar de ser lucrativas. O número de contas abertas no Nubank cresceu 485% em 2019. Enquanto isso, o prejuízo da fintech totalizou R$ 312 milhões, quase o triplo de 2018. Até quando será possível trabalhar desta maneira?





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