Correio Braziliense
postado em 28/02/2020 04:15
Com ajuda da carne e dos combustíveis, que ficaram mais baratos, em média, o Índice Geral de Preços — Mercado (IGP-M) recuou 0,04% em fevereiro, após ter apresentado elevação de 0,48% no mês anterior. Com o resultado, o indicador, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) acumula alta 0,44% no ano e de 6,82% em 12 meses.No mês passado, segundo o levantamento da FGV, os preços dos produtos do grupo de combustíveis e lubrificantes caíram3,67%, depois da alta de 4,20% em janeiro. A carne bovina, que havia aumentado 1,95% no mês anterior, registrou, agora, deflação de 4,59%.
“Apesar do dólar alto e do medo do coronavírus, o cenário poderia ser muito pior”, afirmou o professor de ciências econômicas do IESB Riezo Almeida. Para ele, a tendência é de que o IGP-M caia mais ainda ao longo do ano.
Consumidores, no entanto, têm percepção diferente. A dona de casa Juraciara Batista Teixeira, 54 anos, moradora de Águas Claras, disse que não sentiu a queda de preços, sobretudo da carne, nos mercados. “Não sei onde a carne recuou, pois ainda a vejo com um preço salgado”, afirmou.
A dona de casa Marta Maria Mendes Bernardo, 37, disse que reduziu a frequência ao supermercado por conta dos preços elevados. “Antes, eu ia duas ou três vezes, mas, agora, vou somente uma vez por mês. Não senti ainda essa diminuição”, disse. “Eu gastava R$ 600 ou R$ 700 por mês, mas as compras já ultrapassam R$ 1.000”, salientou.
Para o educador financeiro Adriano Severo, o consumidor vai demorar a perceber a redução da carne bovina devido aos grandes aumentos do ano passado. “O produto ainda não voltou aos patamares anteriores. As pessoas ainda tomam como referência os valores antigos. Esses 4,59% (de queda) não são quase nada.”
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