Correio Braziliense
postado em 03/03/2020 04:07
A Receita Federal informou ter recebido, até o fim da tarde de ontem, primeiro dia do prazo para a entrega das declarações do Imposto de Renda, 372 mil documentos de prestação de contas com o Fisco contribuintes. A expectativa é de que, até o fim do prazo, em 30 de abril, 32 milhões de contribuintes enviem suas declarações.
Segundo a Receita, quem envia as informações corretamente no início do prazo deve receber a restituição do Imposto de Renda mais cedo, caso tenham direito a ela. Os pagamentos da restituição serão feitos em cinco lotes. O primeiro será pago em 29 de maio. Porém, esperar mais para fazer a declaração pode ser uma boa alternativa para aqueles que não necessitam receber logo a restituição.
O bancário Cássio de Oliveira, 41 anos, morador de São Paulo, faz uma sugestão àqueles que não têm pressa: “A quem não tiver necessidade de dinheiro agora, sugiro que deixe para entregar na última semana. Se demorar para entregar a restituição, o governo vai pagar a taxa Selic (4,25%) sobre o valor, o que proporcionará um bom rendimento”, explicou.
Segundo Oliveira, ser organizado é a chave para não se estressar na hora de acertar as contas com a Receita. “Geralmente, gasta-se uma ou duas horas para fazer uma declaração simples, como a minha. Mas é preciso ter à mão todos os documentos. Por isso, é importante separar as contas bancárias e outros documentos, colocar tudo numa pasta. O programa (software da Receita Federal) é amigável. É muito tranquilo”, afirmou.
Algumas pessoas, no entanto, não tem tempo ou paciência para organizar a papelada. É o caso da paulista Rosângela Marques, 27. Também bancária, ela conta que, desde que começou a fazer a declaração, há três anos, contrata uma contadora para a tarefa. “Até onde sei, não é difícil. Mas contratei uma contadora por questão de praticidade. As pessoas colocam muito medo. Elas dizem ‘Ah, se você declarar errado, pode cair na malha fina e é pior’”, disse Rosângela.
Apesar de contratar uma profissional, ela garante que o ideal, quando se trata de declaração simplificada, é aprender como se faz. “É bom aprender, não é um bicho de sete cabeças. Não sigam meu exemplo. Tirem um tempinho para mexer no aplicativo, fazer um preenchimento prévio. Geralmente um mês antes, o banco já começa a fazer a liberação dos documentos necessários. No meu caso, para não correr risco de fazer algo errado, acabo pagando um contador”, afirmou a bancária.
A opinião é compartilhada por Najla Diniz, 42. A professora, que mora no Rio Grande do Sul, faz a declaração há 15 anos — e já entregou a de 2020. Najla disse que teve dificuldades na época em que começou a declarar, mas que agora tudo é mais fácil. “No começo, era bem mais complexo. Lembro de fazer cópia de segurança em disquete, por exemplo”, contou.
A professora explicou que tem o costume de declarar no primeiro dia para pegar a segunda leva das restituições e usar o dinheiro para viajar com os filhos no recesso de inverno. Ela garante que não há tanta dificuldade como se diz. “A dica é encarar o Leão sem medo. A declaração tem vocabulário acessível e, a não ser que a pessoa tenha diversos bens, ou fontes de renda, é muito simples de preencher e entender. O Leão vira gatinho, fácil”, ironizou.
* Estagiários sob a supervisão de Odail Figueiredo
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