O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na tarde desta quarta-feira (4) que o resultado do PIB de 2019 de 1,1%, menos do que foi atingido nos últimos dois anos, não é surpresa e que era exatamente o esperado. No entanto, em maio do ano passado, Guedes havia dito que a expectativa de crescimento era de 1,5%.A fala foi dita após solenidade da Agenda Mais Brasil, no Palácio do Planalto.
“O nosso regime econômico tinha corrompido a política e estagnado a economia. Nós conversamos sobre isso durante toda a campanha e a nossa previsão era a seguinte: se nós fizermos a reforma da previdência, nós saímos da beirada do abismo e vamos começar a crescer em torno de 1%. Hora, o PIB deu 1,1%. Era exatamente o que a gente esperava. Nós esperávamos 1%, deu 1,1%. Agora se você pegar o primeiro trimestre de 2019 sobre o primeiro trimestre de 2018, segundo trimestre, terceiro trimestre, você vai ver que a economia está reacelerando. Ela começa o ano crescendo 0, 7%, depois vai para 0,8% depois vai para 1,1% e se pegar o quarto trimestre do ano passado sobre o quarto trimestre de 2018, 1,70%. Estava quase chegando em 2%”.
Guedes disse ainda que caso as reformas planejadas pelo governo sejam mantidas, o PIB pode chegar acima de 2%. “A economia brasileira está claramente reacelerando. Se nós mantivermos as reformas ela vai crescer os 2%, um pouco até acima dos 2% que estávamos esperando, se as reformas continuam. Nós esperávamos 1%, veio 1,1%. Se as reformas continuam, nós achamos que vamos passar de 2%. Até agora eu não diria que houve surpresa nenhuma. Eu até estou surpreso com a surpresa que vocês estão tendo. Nós começamos a fazer as reformas, a economia começou a reacelerar. Ela cresceu no segundo semestre do ano passado ao maior ritmo desde 2013. Desde 2013 ela não crescia tanto na segunda metade do ano e ela mostrou uma aceleração ao longo do ano, trimestre sobre trimestre”, defendeu.
Sobre o coronavírus, o ministro afirmou que o surto de coronavírus pode atrapalhar um pouco, mas que o país vai superar. “Naturalmente, quando o mundo inteiro começa a desacelerar por uma crise como essa, quem sofre os maiores impactos são as economias mais abertas. A crise começou na China, e a China é uma economia muito aberta. Então ela pega o maior dos impactos, os maiores parceiros comerciais dela vão sofrer impactos também. A China compra muito produto agrícola no Brasil, ela não vai parar de comer”.
E emendou: “Em resumo, o Brasil é um país de dimensão continental e tem a sua própria dinâmica de crescimento e se nós fizermos as nossas reformas nós vamos reacelerar o nosso crescimento econômico, independente do coronavírus. Vai atrapalhar um pouco mas temos potência suficiente para superar esse efeito. O Brasil não é uma folha ao vento no comércio internacional, tem dinâmica própria”, concluiu.
“O governo vai muito bem”
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também participou do evento no Palácio do Planalto. Ele não concedeu entrevistas ao final e se limitou a dizer que "o governo vai muito bem, obrigado".
Nesta tarde, Bolsonaro lançou a "Agenda mais Brasil", um site para acompanhamento de projetos do governo. Segundo o chefe do Executivo, caso seja constatada alguma anormalidade, o cidadão também poderá colaborar por meio de um canal no site. Em seu lançamento, a plataforma conta com 24 projetos.
“Hoje podemos expressar essa lealdade em grande parte, respeitando o trabalho do seu povo, os seus impostos e a perfeita aplicação do dinheiro. Então este projeto, a Agenda Mais Brasil, nós queremos cada vez mais, de forma prática e objetiva, permitir a todo o Brasil que possa acompanhar a execução das suas obras e em percebendo algo anormal, colaborar no sentido para aquela obra seja redirecionada”, ressaltou Bolsonaro.
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