Economia

Guedes sobre exportação brasileira: Chinês vai comer com ou sem coronavírus

Ministro da Economia enfatizou que epidemia não deve interferir tanto os negócios entre o Brasil e a China

Correio Braziliense
postado em 05/03/2020 17:18
Guedes disse que a epidemia deve afetar, na verdade, o fluxo de materiais da cadeia produtivaO ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a minimizar o impacto do coronavírus na economia brasileira neste ano de 2020. Ele disse que, apesar de afetar o fluxo global de comércio, a epidemia não deve interferir tanto os negócios entre o Brasil e a China porque o Brasil exporta carne e soja para o dragão asiático e o "chinês vai comer com coronavírus ou sem coronavírus".

"O Brasil vende soja para a China. Chinês vai comer. Com coronavírus ou sem coronavírus, chinês come soja. Chinês come carne, com coronavírus ou sem coronavírus", afirmou Paulo Guedes, ao ser questionado sobre o impacto da doença na economia brasileira e nas exportações brasileiras para a China, que hoje é o maior parceiro comercial do Brasil, nesta quinta-feira (5/4).

Guedes disse, então, que a epidemia deve afetar, na verdade, o fluxo de materiais da cadeia produtiva, da cadeia de valor, e não a venda desses produtos que o Brasil vende para a China. "O coronavírus vai impactar mais quem é o foco, que é a China. E quem é mais aberto. O Brasil não deve ser o maior impactado porque é o último da fila. É o 139º [país] no grau de abertura [econômica]", afirmou o ministro, que falou com a imprensa sobre o assunto depois de uma reunião com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O ministro da Economia ainda disse que, por conta desse entendimento e por entender que o Brasil vai conseguir aprovar as reformas econômicas neste ano, mantém a sua projeção de crescimento de 2% para 2020. O mercado, por sua vez, já está revendo suas projeções para menos de 2% por conta da perspectiva de que o coronavírus vai desacelerar a economia mundial e também a economia brasileira, mas também por conta do reflexo negativo que o Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 1,1% que o Brasil registrou em 2019.

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