Economia

Indicador Antecedente de Emprego medido pela FGV cai 0,3 ponto em fevereiro

Correio Braziliense
postado em 06/03/2020 08:53
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 0,3 ponto na passagem de janeiro para fevereiro, para 92,0 pontos, interrompendo uma sequência de três meses de avanços, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou 1,2 ponto. "Depois de três altas consecutivas, o IAEmp acomodou em nível acima dos 90 pontos. O resultado mostra que apesar da trajetória positiva do mercado de trabalho nos últimos meses, a ligeira queda pode sugerir cautela com a continuidade da recuperação considerando o cenário de alta incerteza econômica", avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial. O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 0,6 ponto em fevereiro ante janeiro, para 91,9 pontos, o terceiro mês seguido de recuo. Em médias móveis trimestrais, o indicador diminuiu 1,4 ponto. "A terceira queda consecutiva do ICD sugere continuidade da queda da taxa de desemprego no início de 2020. O indicador se aproxima dos níveis do início da última recessão, mas se encontra em patamar elevado, mostrando que ainda há um longo caminho de recuperação", completou Rodolpho Tobler. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado. O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País. No IAEmp, quatro dos sete componentes contribuíram para o recuo de fevereiro, com destaque para a queda de 4,6 pontos do item que mede o grau de otimismo em relação ao emprego para consumidores nos próximos seis meses. Também houve piora nos componentes sobre a Tendência dos Negócios (-2,6 pontos) e Emprego Previsto (-2,2 pontos) no setor de Serviços. No ICD, a redução de fevereiro foi influenciada por duas das quatro classes de renda familiar. A maior contribuição foi da faixa mais rica, com renda superior a R$ 9.600.00 mensais, seguido pela classe familiar com renda entre R$ 2.100.00 e R$ 4.800.00 mensais.

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