Economia

Guedes diz que clima é de ''absoluta serenidade'' na equipe econômica

O dia começou nervoso nos mercados, com a Bolsa caindo e o dólar subindo em função da nova crise internacional do petróleo e o medo por causa do coronavírus

O dia começou nervoso nos mercados, com a Bolsa caindo e o dólar subindo em função da nova crise internacional do petróleo e o medo por causa do coronavírus. Mesmo assim, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro está "absolutamente tranquila e confiante" de que o Brasil vai escalar dessa onda global de desaceleração e vai voltar a crescer.

 

"Estamos absolutamente tranquilos e confiantes de que a democracia brasileira vai reagir transformando essa crise em avanço das reformas, em mais crescimento e mais empregos. E, enquanto o mundo desce, o Brasil vai começar a reaceleração do crescimento", afirmou Paulo Guedes na chegada ao Ministério da Economia na manhã desta segunda-feira (9/3).

 

Guedes alegou que o mundo já estava em desaceleração, antes mesmo das crises do coronavírus e do petróleo. "O coronavírus acelerou a pandemia que acelerou a queda da economia mundial. Já o Brasil está ao contrário", afirmou o ministro, voltando a dizer que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2019, apesar de criticado pelo mercado, foi positivo.

 

"Qual a minha resposta a isso? Temos que manter a absoluta serenidade. E a melhor resposta à crise são as reformas", emendou Guedes, dizendo que o Brasil deve focar em aprovar as reformas econômicas porque, assim, pode contrariar o movimento global de desaceleração econômica e crescer neste ano. "O Brasil tem uma dinâmica própria de crescimento. Se fizermos as coisas certas, o Brasil reacelera", afirmou o ministro.

Dólar

Já sobre o dólar, que chegou a R$ 4,74 nesta segunda-feira, Guedes voltou a dizer que o câmbio é flutuante e, por isso, pode subir a patamares tão altos quanto esse diante de crises como a do petróleo. Ele garantiu, por sua vez, que a moeda voltará a descer se o Brasil passar confiança para o investidor dando seguimento às reformas econômicas.

 

"O Brasil agora é um país que tem juros de equilíbrio mais baixos e um câmbio de equilíbrio mais alto. Mas o câmbio é flutuante. Tem o coronavírus, tem a crise. A reforma não está andando, ele sobe. A reforma está andando, ele desce. Então, o câmbio vai flutuar", afirmou.

 

Guedes garantiu, então, que o governo brasileiro vai fazer o seu dever de casa no que diz respeito às reformas econômicas. O ministro prometeu, mais uma vez, mandar até a próxima semana tanto a reforma administrativa quanto a proposta de reforma tributária do governo para o Congresso.

"A equipe econômica é capaz, experiente, segura. E está absolutamente tranquila quanto à nossa capacidade de enfrentar a crise. Agora, nós precisamos das reformas. O Brasil pode ser realmente o país que transformou a crise em reaceleração do crescimento, em geração de empregos, em um mundo que está com sérios problemas"