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As redes sociais disseminam mentiras. Na epidemia da Covid-19, elas surgiram em velocidade avassaladora, disseminando desinformação

Correio Braziliense
postado em 10/03/2020 04:06
As redes sociais disseminam mentiras. Na epidemia da Covid-19, elas surgiram em velocidade avassaladora, disseminando desinformação
Redes sociais ajudam a espalhar pânico com coronavírus

A epidemia do coronavírus é a primeira da era das redes sociais. No último grande surto global – o H1N1, conhecido como gripe suína, em 2009 – o Facebook tinha só 5 anos de existência e nem de longe era tão influente quanto hoje em dia. O Twitter surgiu em 2006, mas só se transformaria em um fenômeno mundial quase uma década depois. Maior disseminador de notícias (falsas e verdadeiras) do mundo, o WhatsApp foi criado em 2009, mesmo ano do aparecimento da gripe suína. O Instagram é de 2010, quando o H1N1 já tinha sido vencido pela medicina. Jamais o planeta enfrentou uma epidemia com um volume tão grande de informações em circulação. Isso é ótimo, porque o conhecimento é uma das armas da prevenção. O problema surge quando as redes sociais disseminam mentiras. Na epidemia da Covid-19, elas surgiram em velocidade avassaladora, espalhando pânico e desinformação. Quase tão perigosa quanto o coronavírus é a praga das fake news, também contagiosa e difícil de combater.





  • 15%
    é a participação do turismo no PIB mundial.
    Com o avanço do coronavírus e a restrição de circulação,
    o número deverá cair para menos de 10% em 2020


A lição de Luiz Barsi para quem se desesperou com a queda das ações

Sabe o que os investidores experientes fazem nas grandes crises? Compram mais ações. Ontem, Luiz Barsi, um dos mais bem-sucedidos investidores da bolsa brasileira, gravou um vídeo para explicar a estratégia. “As empresas continuam funcionando, com vírus ou crise do petróleo”, disse. “Estou comprando tudo o que é possível comprar.” A crise do petróleo, diz ele, deveria atingir apenas as companhias ligadas ao setor. Mas o mercado reage de maneira irracional e todas as empresas acabam sofrendo.


Mercado financeiro continua fechado com o governo

Enquanto representantes do empresariado começam a demonstrar certa impaciência com o PIB modesto e a alta do dólar, a turma das finanças permanece de mãos dadas com o governo. Gestores que nos últimos anos se tornaram referência do mercado, como Henrique Bredda, sócio da firma de investimentos Alaska, e Raphael Figueredo, da casa de análises Eleven Financial, continuam tão otimistas quanto estavam no início do governo. Não há turbulência política que os faça mudarem de ideia.


Plataformas das XP apresentam falhas em dia de tensão na bolsa


Como se já não bastasse o caos do mercado financeiro, com quedas expressivas do valor das ações, os investidores tiveram que enfrentar ontem o mau funcionamento das plataformas de negociação. Em diversos momentos do dia, as plataformas da XP, Clear e Rico, todas pertencentes ao grupo XP Inc, apresentaram instabilidade, o que prejudicou as operações dos usuários. Alguns deles relataram nas redes sociais que sequer conseguiram executar ordens de compra e venda.


Rapidinhas


» Não é só o petróleo. Tem algo muito estranho com a bolsa brasileira. A queda de 12,1% do Ibovespa ontem representou o segundo maior tombo do mundo, atrás apenas da bolsa grega. Na Itália, novo epicentro da epidemia do coronavírus, o recuo foi de 11%. Na Alemanha, 9%. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones caiu 7,8%.


» Se existe algum alento para quem perdeu dinheiro na bolsa, ele está no fato de que os muito ricos também sofreram. Dono da Tesla, o americano Elon Musk viu desaparecerem ontem US$ 3,1 bilhões de seu patrimônio. Depois do pregão, Musk disse que a variação das ações não interfere na gestão de sua empresa.

» Em meio à avalanche de indicadores negativos, a Azul informou que o tráfego de passageiros cresceu 25% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Esse número, porém, tende a cair em março, quando a companhia aérea já sentirá os efeitos perversos da epidemia do coronavírus, que está limitando a circulação de pessoas.

» A montadora alemã BMW e a startup brasileira Incharge assinaram uma parceria para instalar 30 pontos de recarga para carros elétricos na cidade de São Paulo. Para usar o serviço, será preciso baixar um aplicativo. Atualmente, a BMW tem 180 pontos de recarga no país, divididos entre a capital paulista e o Rio de Janeiro.

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