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A boa notícia do cenário atual é que, ao contrário de outros episódios dramáticos, a cura pode ser rápida

Correio Braziliense
postado em 11/03/2020 04:05
A boa notícia do cenário atual é que, ao contrário de outros episódios dramáticos, a cura pode ser rápida
Bolsa demora para engrenar depois de grandes quedas

Uma das máximas do mercado financeiro diz que as ações caem de elevador, mas sobem de escada, degrau por degrau. Quando a B3, a bolsa de São Paulo, vai se recuperar depois do tombo histórico de 9 de março? Impossível prever com exatidão, mas a história ensina que, após cataclismas, as ações demoram para retomar os níveis originais. Depois da greve dos caminhoneiros, em maio de 2018, o Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, precisou de cinco meses para zerar as perdas. No Joesley Day, em maio de 2017, foram necessários três meses e cinco dias. Na crise do subprime, em 2008, oito meses e 15 dias. Nos ataques terroristas de 11 de se tembro de 2001, um mês e 25 dias. Na grande crise asiática, em 1997, um recorde: os papéis exigiram dois anos, quatro meses e 22 dias para voltar ao nível pré-queda. A boa notícia do cenário atual é que, ao contrário de outros episódios dramáticos, a cura pode ser rápida. Basta um acordo na questão do petróleo entre Rússia e Arábia Saudita e uma vacina para frear o coronavírus.


Em um dia, a queda do século. Em outro, a alta da década

Renda variável recebe esse nome por uma razão óbvia: ela varia. Ontem, o Ibovespa subiu 7,14%, a maior alta em 11 anos. Anteontem, desabou 12,17%, o maior tombo em um século. A volatilidade excessiva fez muita gente perder dinheiro, mas também abriu oportunidades para investidores atentos. Apesar da recuperação, os analistas recomendam cautela. O impasse entre Arábia Saudita e Rússia na questão do petróleo não foi resolvido e os efeitos do coronavírus são uma incógnita.



GM cancela participação no Salão do Automóvel. De 2021


Depois do cancelamento da edição 2020 do Salão do Automóvel, agora é a vez de o evento prometido para o ano que vem ser contestado. A General Motors informou nesta semana que não participará da feira em 2021. Chama a atenção a justificativa: o “formato analógico” do Salão. “A marca aposta cada vez mais no marketing digital e em uma jornada do consumidor totalmente customizável, concentrando seus investimentos em formatos inovadores de comunicação”, disse a GM.


Retomada do preço do petróleo vai depender da recuperação econômica

Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) e um dos maiores especialistas do país na área energética, diz que o mundo levará muito tempo para ver o barril de petróleo na faixa dos US$ 60, como estava antes da crise entre Arábia Saudita e Rússia — ontem, foi negociado pouco acima de US$ 30. Segundo ele, será preciso um vigoroso crescimento econômico para recuperar os níveis de preço, algo que parece pouco provável diante da tempestade provocada pelo coronavírus em diversos países.


  • R$ 865 milhões

    é quanto a
    Heineken vai
    investir, até 2021,
    na expansão de
    sua fábrica em
    Ponta Grossa (PR).
    A empresa detém
    22% do mercado
    nacional de cerveja





Rapidinhas


» O Brasil é o segundo maior mercado do mundo de academias, conforme dados da Health Racquet & Sportsclub Association. Existem 34,5 mil unidades em operação no país, menos apenas do que nos Estados Unidos, onde funcionam 38,4 mil estabelecimentos. Poucos setores são tão influenciados pela atividade econômica. Se os níveis de emprego sobem, o setor cresce.

» A operadora Oi vai investir em um projeto inusitado para divulgar seu serviço de internet. Até junho, um caminhão transformado em lounge móvel visitará 23 cidades dos estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Sul. Segundo a empresa, o veículo conta com internet de 200 mega.

» O Facebook fechou um acordo com 11 clubes brasileiros de futebol para exibir vídeos de bastidores de torneios, curiosidades e entrevistas com jogadores. Fazem parte do projeto Athlético Paranaense, Atlético Mineiro, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco.

» Entrou em vigor ontem a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que regulamenta, para fins medicinais, a fabricação, importação e venda de produtos derivados da cannabis. A medida beneficia milhares de brasileiros e é um passo importante para as empresas interessadas em investir no setor.

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