Finalmente Vivo e TIM formalizaram o interesse de comprar as operações móveis da Oi, que, na segunda-feira (9/3), recebeu autorização da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro para avançar com o pedido de prorrogação da recuperação judicial. Na noite da terça-feira (10/3), as concorrentes Vivo e TIM anunciaram, em fato relevante, a intenção de adquirir a operação móvel da operadora.
Desde que a Oi entrou com o pedido em recuperação judicial, em 2016, há rumores de que as outras três prestadoras que atuam no mercado brasileiro — Claro, TIM e Vivo — teriam interesse no fatiamento da companhia para que pudessem comprar partes do negócio. O anúncio sai um dia após a Oi ganhar, da Justiça, prazo de 180 dias para apresentar um novo plano de recuperação, com assembleia geral de acionistas a ser realizada em até 60 dias após a apresentação da nova estratégia.
TIM e Vivo comunicaram a intenção ao Bank of America Merrill Lynch, assessor financeiro da Oi no processo. O documento informou que cada uma das empresas, Telefônica, controladora da Vivo, e TIM, ficaria com parcela do negócio, se for concretizado, o que sugere que as empresas manteriam operações separadas, mesmo que a negociação seja em conjunto.
Segundo o fato relevante, o objetivo é começar tratativas “com vistas a uma potencial aquisição, em conjunto, do negócio móvel do Grupo Oi, no todo ou em parte, de modo que, no caso de concretização da operação, cada uma das interessadas receberá uma parcela do referido negócio”.
“A transação, se concretizada, criará valor para nossos acionistas e clientes através de maior crescimento, geração de eficiências operacionais e melhorias na qualidade do serviço. Além disso, contribuirá para o desenvolvimento e competitividade do setor de telecomunicações brasileiro”, concluiu o comunicado.
Um pouco antes, a Oi havia divulgado fato relevante informando que “recebeu manifestações de terceiros interessados no negócio móvel da companhia”, sem, no entanto, indicar quais empresas manifestaram o interesse. “Até o momento, contudo, não há qualquer compromisso da Oi ou de quaisquer destes terceiros para a efetivação de tal alienação, nem tampouco foi celebrado qualquer instrumento vinculante a respeito”, ressaltou a Oi em seu comunicado.
A negociação está sujeita à aprovação dos órgãos reguladores. Procuradas pela reportagem, as três empresas envolvidas ainda não se manifestaram.
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