Economia

Bolsa cai 10,11% e mecanismo de circuit breaker é acionado pela 2ª vez

As negociações pararam aos 82.887 pontos e devem ficar paradas por 30 minutos, tempo suficiente para acalmar os ânimos dos investidores

Correio Braziliense
postado em 11/03/2020 15:44
As negociações pararam aos 82.887 pontos e devem ficar paradas por 30 minutos, tempo suficiente para acalmar os ânimos dos investidoresApós cair 10,11% depois do anúncio da Organização Mundial da Saúde que atualizou e declarou o novo coronavírus como pandemia, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), acionou mais uma vez o circuit breaker, um mecanismo de segurança utilizado para interromper todas as operações com quedas muito bruscas. As negociações pararam aos 82.887 pontos nesta quarta-feira (11/3)e devem ficar interrompidas por 30 minutos, tempo suficiente para acalmar os ânimos dos investidores. 

É a segunda vez na semana que o mecanismo é acionado. Na segunda-feira (9/3), o índice registrou queda histórica de mais de 12% em dia de turbulência nas bolsas mundiais. Ontem, a bolsa havia subido mais de 7%, na maior valorização diária desde 2009, recuperando-se parcialmente do tombo.

O índice já recuava mais de 5% nesta quarta-feira com investidores decepcionados em meio à falta de detalhes do plano do presidente americano Donald Trump para estimular a economia do país, impactada pelo surto. 

Os investidores aguardam novos estímulos por parte dos Bancos Centrais para tentar conter os impactos econômicos. O Ministério da Economia já reduziu hoje a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 para um crescimento de 2,1%, ante 2,4% anteriormente.

O dólar comercial também tem dia de forte valorização. Por volta das 15h30, a moeda norte-americana registrava alta de 1,98%, cotada as R$ 4,72. Hoje, o Banco Central interrompeu a oferta de dólar à vista e voltou a fazer leilões de swap. Foram vendidos 20 mil contratos com vencimentos para agosto, outubro e dezembro de 2020. Na véspera, foram vendidos US$ 2 bilhões à vista, o que ajudou a moeda a fechar na maior queda diária em seis meses, de 1,69%, após subir quase 2% na segunda-feira.

* Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca

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