Economia

Ministro da Economia anuncia pacote de liquidez e bolsa volta a subir

No fim da pior semana para os mercados globais, o Ibovespa inverte tendência de queda. Após se reunir com presidentes de bancos, Paulo Guedes diz que haverá injeção de recursos na economia

Correio Braziliense
postado em 13/03/2020 15:04

Paulo GuedesDepois de recuar 14,78%, caindo aos 72.583 pontos na quinta-feira de terror nos mercados globais, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) disparou logo na abertura dos negócios nesta sexta-feira (13/3), chegando a uma alta de 15%. Mas perdeu ritmo e, às 12h07, o Ibovespa, principal índice de lucratividade da B3, subia 3,6%, acima dos 75 mil pontos, repercutindo o pacote que deverá ser anunciado nas próximas 48 horas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, com medidas de liquidez para enfrentar os riscos do coronavírus para a economia. 

 

O Banco Central vai liberar recursos, os bancos públicos vão socorrer empresas em dificuldades, haverá facilidades para saques do PIS/Pasep. O ministro se reuniu, durante a manhã, com os presidentes da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, do Banco do Brasil, Rubem Novaes, e do Banco Central (BC), Roberto Campos Netos, que participou por teleconferência. Entre as medidas anunciadas estão a injeção de recursos na economia. “O BC vai anunciar medidas de liquidez, R$ 135 bilhões entram em efeito hoje”, afirmou.

 

A primeira ação, já divulgada pelo BC, foi a redução da alíquota de recolhimento compulsório sobre recursos a prazo de 31% para 25%, o que representa a liberação de R$ 49 bilhões no sistema bancário, a vigorar a partir de segunda-feira. 

 

Desde de 2 de março, houve redução da parcela dos recolhimentos compulsórios considerados no Indicador de Liquidez de Curto Prazo (LCR) dos bancos, medida com potencial de garantir mais R$ 86 bilhões para que os bancos possam disponibilizar para novas concessões de empréstimos. 

 

 

Harmonia

O ministro da Economia voltou a defender a aprovação de reformas pelo Congresso para destravar o crescimento econômico. Ao chegar na sede do Ministério da Economia, pregou harmonia entre os poderes Executivo e Legislativo.

 

Segundo Guedes, a desarticulação política permitiu a aprovação de uma medida que ameaça o equilíbrio fiscal, com a derrubada do veto presidencial a um projeto de lei que eleva o limite de renda para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O custo estimado é de R$ 20 bilhões em 2020.

 

Para o ministro, a derrubada do veto foi uma derrota política de todos. “Vocês viram o efeito que está tendo na economia essa nossa desarticulação política. Esses desentendimentos nossos criam problemas para a economia”, disse.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags