Economia

De olho no bom faturamento da capital federal

Correio Braziliense
postado em 15/03/2020 04:15
Percebendo a movimentação de mercado, empresas têm investido no início e ampliação de suas atividades na capital. É o caso da Frescatto Company, empresa que comercializa pescados. Ela aumentou em nove vezes sua capacidade de armazenamento em Brasília. Com mais de 75 anos de existência, a companhia carioca decidiu apostar na expansão das atividades na capital tendo em vista o crescimento. A filial em Brasília é a única do Centro-Oeste.
 
A gerente de marketing da Frescatto, Cátia Monteiro, explica que a cidade tem grande potencial para expansão. “Brasília tem um desenvolvimento grande. Vimos que o mercado está em crescimento. Por isso, já sonhávamos em aumentar nossas atividades na capital. Nós também queremos ampliar a atuação para toda a região.” Com a medida, a empresa prevê um aumento de 27% do faturamento na capital já em 2020. 
 
Ela explica ainda que, na visão da companhia, há uma tendência de impulsionar o consumo de pescado. 
 
“O brasileiro busca uma alimentação mais saudável, mais natural. É uma tendência. Com a retomada da economia, é um movimento natural que o brasileiro opte por comida mais saudável. O peixe é a proteína mais saudável e sustentável que ele pode consumir”, pontua Cátia.
 
Outra empresa que tem investido no setor é a Santa Lúcia Comércio de Produtos Alimentícios, que foi fundada na capital federal há cerca de três décadas. Ela funciona no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e, a exemplo da Frescatto, trabalha, em grande parte, com produtos de fora do Distrito Federal. 
A maioria  dos pescados vem de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso. A Santa Lúcia vende apenas no atacado, sendo fornecedora de hipermercados, feiras, peixarias e restaurantes.
 
O gerente da empresa, Renato Guimarães, afirma que o problema da produção local é a falta de opções. “O que é produzido aqui é só a tilápia. Outros itens não têm produção no DF. O que nós podemos fazer de negócios com produtores locais pela tilápia, fazemos. Mas como temos compromissos, demandas grandes, precisamos ter produtores de altas quantidades, que não deixem a gente na mão. Não podemos deixar de atender bem os nossos clientes”, salienta.
Renato explica também que a tilápia é o único dos peixes populares que pode ser produzido aqui no Distrito Federal. 
 
Algumas espécies param de se alimentar em baixas temperaturas. “Só a tilápia pode ser produzida a uma temperatura da água menor que 17ºC. Outras espécies não podem ser produzidas a menos de 17°C. Hoje o maior produtor dessa espécie é o Paraná. Com temperaturas baixíssimas, lá, eles modificaram a tilápia para que sobreviva. Outras espécies exigem mais. Tambaquis, eu já soube de casos em que ficaram meses sem comer e emagreceram”, finaliza.

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