Correio Braziliense
postado em 17/03/2020 04:17
No entendimento de Carlos Thadeu de Freitas Gomes, ex-diretor do Banco Central e economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o Copom deverá reduzir a Selic esta semana em, no máximo, 1,0 ponto percentual. “É preciso fazer isso e rápido”, aconselhou.
Para ele, as medidas anunciadas pela autoridade monetária são positivas para facilitar os financiamentos das empresas. “O problema no mercado não é falta de liquidez. Os bancos precisam emprestar mais dinheiro, e isso só acontecerá se o BC reduzir a Selic para 2,5% até o fim do ano”, avaliou.
Considerando as chances de a inflação encerrar o ano em 3%, pelas contas de Carlos Thadeu o país passaria a ter juros reais negativos até dezembro. “É bom que isso aconteça. Isso obrigaria os bancos a emprestarem mais, em vez de aplicar em títulos da dívida pública. De quebra, o custo desse endividamento também cairia, abrindo espaço fiscal para o governo”, explicou.
Na avaliação do economista, como as reservas internacionais são elevadas, o BC poderia utilizá-las para conter qualquer outra pressão no câmbio por conta da queda na Selic. “O novo patamar do dólar será R$ 5 e deverá se manter por um bom tempo”, disse Carlos Thadeu. (RH)
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