Correio Braziliense
postado em 18/03/2020 04:13
Coronavírus transformará o mercado de trabalho
O coronavírus provocará grandes transformações no mercado de trabalho e antecipar tendências que seriam adotadas no futuro. Quem diz isso é o consultor Eduardo Tancinsky, especialista em tecnologia. “Há muito preconceito e desinformação a respeito do home office”, afirma. “Como agora as empresas foram obrigadas a liberar os funcionários para o trabalho em casa, elas descobrirão as vantagens na marra.” Tancinsky cita a redução brutal de custos, a otimização da jornada (o tempo perdido nos deslocamentos desaparece), o aumento da produtividade (acabam as fofocas de corredores) e até a retenção de talentos (o homem office pode fazer parte do pacote de benefícios da empresa) como fatores que devem convencer as corporações a abraçar o sistema. “Com o coronavírus, os testes serão substituídos por experiências reais”, afirma Tancinsky. “Tenho certeza de que elas serão bem-sucedidas na maioria dos casos.”
Impressoras 3D salvam vidas na Itália
A história ensina que grandes crises estimulam saltos tecnológicos. Com a pandemia do coronavírus não é diferente. Em Brescia, na Itália, a falta de válvulas para máscaras respiradoras usadas nas unidades de terapia intensiva levou um jornalista local a buscar ajuda com fabricantes de impressoras 3D. Eles resolveram imprimir a válvula — e ela funcionou. Até então, ninguém tinha imaginado essa utilidade para as máquinas 3D. Agora a tecnologia abastecerá os hospitais do país.
Crise na Bolsa adia aberturas de capital
A Vamos, locadora de caminhões do grupo JSL, suspendeu a oferta pública de ações marcada para o dia 25 de março e que pretendia levantar R$ 1,5 bilhão. Com a crise nos mercados, as empresas querem distância da Bolsa. Há alguns dias, o BV, antigo Banco Votorantim, também desistiu do IPO que esperava movimentar R$ 5 bilhões. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), há 25 ofertas de ações programadas para 2020. É certo que poucas delas serão realizadas. Talvez nenhuma.
Isolamento social é o melhor caminho, diz Lottenberg
O médico Claudio Lottenberg (foto), presidente do Conselho Deliberativo do Hospital Albert Einstein, acha que as autoridades demoraram para dar a devida atenção ao novo coronavírus e que só começaram a adotar medidas efetivas quando a pandemia afetou a atividade econômica. Agora, diz Lottenberg, o isolamento social é o melhor caminho para conter o avanço da doença. Só assim será possível evitar o estrangulamento dos hospitais e liberar leitos de UTI para os casos mais graves.
US$ 26 trilhões
é quanto as bolsas globais perderam em 2020 com a crise do coronavírus. É mais do que o PIB dos Estados Unidos, dono da maior economia do mundo
"O governo decidiu antecipar o 13º do aposentado, mas ele não terá problema de renda. Quem terá problema de renda é quem está no mercado, quem ganha a vida vendendo e comprando. Algumas famílias que têm mais posses conseguirão. Outras, que ganham um salário mínimo ou estão no mercado informal, não”
Marcos Lisboa, presidente do Insper
Rapidinhas
» A Marriott International, uma das maiores redes de hotéis do mundo, tomou uma série de medidas para atrair hóspedes. Reservas com tarifas pré-pagas, normalmente mais restritivas, podem agora ser canceladas sem custo até 24 horas antes da estadia. Além disso, a expiração de pontos do programa de fidelidade foi suspensa até 31 de agosto.
» Enquanto algumas empresas cortam investimentos, demitem funcionários e olham apenas para o seu negócio, outras se mobilizam para ajudar a sociedade. O Burger King doará parte das receitas geradas pela venda de sanduíches ao SUS (Sistema Único de Saúde). Até o final do mês, a ideia é destinar ao menos R$ 1 milhão.
» O surto do novo coronavírus afeta até a estratégia de comunicação das empresas. Nos Estados Unidos, a fabricante de chocolate Hershey tirou do ar uma publicidade que exibia imagens de pessoas se abraçando. Segundo a companhia, isso poderia passar a impressão de que está desconectada da realidade, já que contatos físicos devem ser evitados em tempos de pandemia.
» A startup mineira Hotmart, especializada em conteúdo digital, comprou a americana Teachable, focada no setor de educação online. O valor do negócio não foi informado. Fundada em Belo Horizonte, a Hotmart é uma plataforma que oferece cursos online, e-books, audiobooks e podcasts.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.