Economia

Coronavírus: Caixa quer manter pagamento de benefícios sociais nas agências

A decisão será para durante a pandemia do vírus, mas a questão ainda está sendo discutida com o Banco Central

Correio Braziliense
postado em 19/03/2020 15:28
A decisão será para durante a pandemia do vírus, mas a questão ainda está sendo discutida com o Banco CentralA Caixa Econômica Federal (CEF) quer manter o pagamento presencial de benefícios sociais, mesmo após o decreto do Governo do Distrito Federal (GDF) que determinou o fechamento das agências bancárias por um período de 15 dias por conta do coronavírus. A questão está sendo discutida, portanto, com o Banco Central.

"A Caixa é o banco social do Brasil. Paga Bolsa Família, FGTS, seguro-desemprego, seguro-defesa. Vai pagar o voucher do coronavírus [para os trabalhadores informais]. E, apesar do internet banking, ainda tem uma parcela de dezenas de milhões de clientes que têm pouco dinheiro, muitas vezes não têm acesso à tecnologia e precisam ir à agência. Por isso, o regulador está conversando e espero que tenha uma conversa com os governadores", afirmou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, nesta quinta-feira (19).

Pedro Guimarães explicou que esses benefícios podem ajudar a população brasileira a enfrentar a desaceleração econômica causada pelo coronavírus. Por isso, disse estudar maneiras de garantir o seu pagamento, assegurando a proteção de seus clientes e de seus funcionários. "Tomamos medidas para evitar aglomerações nas agências, limitando o número de pessoas que entram na agência de cada vez e incentivando ao máximo o uso dos terminais de autoatendimento, dos aplicativos e do internet banking. E estamos ouvindo sugestões, da população, dos clientes e dos funcionários", afirmou.

Ele admitiu, contudo, que isso pode ser limitado no Distrito Federal por conta do decreto do GDF. "Não vamos contra a determinação legal. Mas, ao mesmo tempo, esperamos uma atenção especial na questão social, dada a emergência que estamos vivendo", afirmou Guimarães, que, por isso, levou a questão ao regulador do Sistema Financeiro Nacional, o Banco Central.

"A conversa está sendo feita pelo BC, porque a coordenação é importante para o Brasil inteiro", afirmou o presidente da Caixa, que disse esperar uma resposta rápida da autoridade monetária. Procurado, o Banco Central ainda não se manifestou sobre o assunto.

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