Correio Braziliense
postado em 24/03/2020 19:04
Mais de mil agências da Caixa Econômica Federal funcionam em horário especial com serviço focado nas salas de autoatendimento e na prestação dos serviços sociais essenciais. A relação dessas unidades podem ser consultadas no portal do banco, na aba “caixacomvoce”.
A Federação e o bancos fortalecem o pedido de que a população dê preferência ao uso dos serviços digitais e ao teleatendimento. Segundo a assessoria da Caixa Econômica, além de acesso à movimentação bancária através da internet e celular, o banco reforçou o atendimento em canais remotos, como a Agência Digital, Telesserviço e WhatsApp. O rol de serviços disponíveis em aplicativos também é maior para acesso a informações e transações de cartões de crédito, FGTS, benefícios sociais e habitação.
O Santander publicou em nota que o banco vai interromper as atividades em parte das agências metropolitanas em São Paulo e Rio de Janeiro, locais com mais número de casos registrados do vírus. O horário de funcionamento das demais agências abertas em todo o país foi reduzido em duas horas, das 10h às 14h. As medidas também vão incluir o acesso ao interior das agências, em grupos de 10 a 20 pessoas por vez, dependendo do tamanho da loja. De forma que todos fiquem a distância mínima de um metro.
Nas agências físicas, o Itaú também segue as recomendações da Febraban e, além disso, trabalha com contingência de pessoas, só é permitido até 10 clientes por vez. Para as agências digitais o horário será de 9h às 18h. O Bradesco possui dois horários de atendimento a depender da região, de 10h às 14h e de 11h às 15h. O atendimento exclusivo para grupos de risco será duas horas antecipado ao do publico geral.
Para o economista Newton Marques, esse momento vai alterar o comportamento de parte da população que antes enfrentavam filas e não conheciam os meios digitais, agora, a forma mais segura de realizar as transações bancárias. De acordo com o economista, essa pode ser uma oportunidade para os bancos, que poderão reduzir custos e diminuir taxas. “É o que já ocorre com os chamados bancos digitais”, pondera.
A professora Meire de Fátima, 55 anos, diz que está sofrendo sem poder ir à agência bancária ou casas lotéricas. “No meu banco eu preciso fazer o cadastro pessoalmente para usar o aplicativo, uma vez me ofereceram e eu não quis porque sou a moda antiga, agora me arrependo”, comenta. A conta do convênio de saúde da professora já estava vencendo, ela pediu para que a filha pagasse e, depois da pandemia, ela retornará o dinheiro: “As outras coisas eu ainda não sei como vou fazer. A conta do meu celular e da operadora de televisão também já estão para vencer”.
A Secretária Executiva Mariana Fontele conta que precisou dirigir-se à uma agência bancária no início da semana e sentiu-se frustrada, ao notar que não conseguiria atendimento à sua demanda. "A sensação é de ter um direito meu cerceado". A Secretária diz não sentir segurança nos serviços virtuais e, por isso, não utiliza aplicativos de bancos no celular. Ela prefere o atendimento presencial. Contudo, ela entende que a situação visa o bem coletivo e já pensa em se render à praticidade da tecnologia.
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