Economia

Em live, Bolsonaro diz que auxílio para informais será de R$ 600

Durante a transmissão realizada no Facebook, foi anunciada também a redução dos juros do cheque especial e do parcelamento do cartão de crédito de clientes da Caixa

Correio Braziliense
postado em 26/03/2020 20:20

Durante a transmissão realizada no Facebook, foi anunciada também a redução dos juros do cheque especial e do parcelamento do cartão de crédito de clientes da CaixaEm live transmitida pelo Facebook na noite desta quinta-feira (26/3), o presidente Jair Bolsonaro anunciou que o benefício para os informais poderá ser de R$ 600, o triplo do que inicialmente tinha sido informado. 

 

O presidente disse que conversou com o  ministro da Economia, Paulo Guedes, e que ele estaria de acordo com a proposta. "Aquela ajuda inicial de R$ 200, que era muito pouca, e o Paulo Guedes resolveu triplicar esse valor. Dei o sinal verde", disse. A proposta tem que ser aprovada pela Câmara.  

 

Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tinha defendido que o valor fosse de R$ 500. Logo depois, na porta do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro disse que o benefício poderia chegar a R$ 600 mensais, mas que isso dependeria de uma conversa com Paulo Guedes. “Está em R$ 500, talvez até passe para R$ 600. Pode ser R$ 600, mas não sei quantos bilhões a mais custam cada R$ 100”, afirmou.

 

Com 70 anos, dentro do grupo de risco, o ministro da Economia está despachando na casa dele, no Rio. Bolsonaro informou que, mesmo Guedes estando fora de Brasília, os dois têm conversado frequentemente. 

 

Assim que o presidente anunciou a possibilidade de o benefício aos trabalhadores informais chegar a R$ 600 — a proposta original do governo era de R$ 200 por mês —, o relator do projeto na Câmara, deputado Marcelo Aro (PP-MG), mudou o texto, que está sendo analisado pelos deputados por videoconferência, para elevar o valor. A correção do benefício, para R$ 600, foi feita após acerto com o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO). 

 

Esse benefício, se aprovado, ajudará trabalhadores informais e aqueles que estão na fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) à espera do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Além dessa ajuda, o governo, segundo o presidente, socorrerá micro e pequenas empresas, as mais afetadas pela pandemia do coronavírus. 

 

Na conversa com jornalistas, o presidente informou que o governo está aperfeiçoando o texto para “aperfeiçoar” trecho retirado da Medida Provisória 927/2020, que permitia às empresas suspender por até quatro meses o contrato de trabalho de seus funcionários. Bolsonaro disse que houve falha na redação e faltou garantir a contrapartida aos trabalhadores. A projeção é de que, para bancar parte dos contracheques, o governo desembolse R$ 36 bilhões para evitar que os trabalhadores tenham queda brutal da renda.

 

Segundo o governo, a garantia de que a parcela da remuneração paga pelo empregador e a compensação do governo deverão somar ao menos um salário mínimo (R$ 1.045). Os prazos de acionamento de cada medida emergencial ainda estão sendo avaliados, mas uma alternativa é que a suspensão do contrato possa vigorar por dois meses, e a redução de jornada e salário, por três meses. 

Medidas econômicas 

Na oportunidade, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que estava ao lado de Bolsonaro, ainda anunciou que o banco reduzirá as taxas do parcelamento do cartão de crédito, que passará de 7,7% ao mês para 2,9%, mesmo taxa que também será cobrada pelo uso do cheque especial. 

 

Bolsonaro ainda explicou a decisão de incluir as lotéricas como serviços essenciais, ou seja, que não podem parar de funcionar. "Temos 13 mil casas lotéricas, que o cara faz aposta e é o lugar que o pessoal paga seus boletos. E 2,5 mil estavam fechadas por decreto de alguns prefeitos. Inclusive tem um vidro blindado, não vai passar vírus", afirmou.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags