Economia

CNC prevê 10,2 mil demissões com corte nos repasses ao Sistema S

Levantamento da prevê fechamento de 265 unidades com redução de 5% dos repasses durante três meses. Entidade propõe investir recursos em ações no combate ao coronavírus

Correio Braziliense
postado em 27/03/2020 11:27
Levantamento da prevê fechamento de 265 unidades com redução de 5% dos repasses durante três meses. Entidade propõe investir recursos em ações no combate ao coronavírusA Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) fez um levantamento do impacto do corte de 50% na arrecadação durante três meses e prevê o fechamento de 265 unidades e 10,2 mil demissões.  Com isso haverá a redução de, pelo menos, 36 milhões de atendimentos, vagas e inscrições nos serviços oferecidos pelas unidades do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). 

Na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu o corte pela metade nos repasses ao Sistema S como uma das medidas da pasta ao combate à crise da pandemia de Covid-19, provocada pelo novo coronavírus. Pelas contas da CNC, essa seria uma receita de R$ 1 bilhão, mesmo valor sugerido pela entidade para aplicar em recursos no combate ao novo coronavírus.

A entidade informou que encaminhou a proposta ao ministro da Economia e ao presidente Jair Bolsonaro um plano de ações do Sesc e Senac no valor de R$ 1 bilhão, para auxiliar os governos estaduais no combate ao coronavírus. Contudo, a entidade não teve resposta.
 

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De acordo com a assessoria da CNC, a redução dos atendimentos do Sesc e do Senac vai ocorrer em municípios que, em muitos casos, necessitam da infraestrutura dessas instituições para atendimento básico à população.  “Mais de 90% das unidades que poderão ser fechadas estão presentes em regiões que, muitas vezes, carecem da presença do governo e, principalmente nestas localidades, os serviços que o Sistema Comércio oferece chega aos mais pobres, a parcela que sofrerá o maior impacto com fechamento”, afirmou o presidente da CNC, José Roberto Tadros, em nota.

O documento com o plano de ação para evitar o fechamento das unidades e demissões também foi enviado pela CNC ao ministro Luiz Mandetta (Saúde) e aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, David Alcolumbre. 

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