Correio Braziliense
postado em 27/03/2020 13:21
O governo federal prometeu liberar R$ 7 bilhões em linhas de crédito emergencial para o setor de saúde, como forma de auxílio ao combate à pandemia do novo coronavírus Segundo anúncio realizado no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (27), serão R$ 5 bilhões para as Santas Casas e mais R$ 2 bilhões para as empresas do setor.Os R$ 5 bilhões destinados às Santas Casas serão oferecidos pela Caixa Econômica Federal (CEF) com juros de 10% ao ano. "É uma dívida de gratidão que tenho com as Santas Casas. A linha de financiamento é de R$ 5 bilhões a taxa de 10% ao ano. Mas até pouco tempo era 20% ao ano. E quem deve 20% ao ano poderá ser reestudado", anunciou o presidente Jair Bolsonaro, que ele foi atendido em uma instituição desse tipo depois que foi golpeado com uma faca durante a campanha presidencial de 2018.
Bolsonaro fez o anúncio ao lado do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que vai operacionalizar essa linha de crédito e prometeu reduzir ainda mais esses juros no futuro. “Nós reduzimos de 20% para 10% ao ano. Ainda está caro. Provavelmente, vamos reduzir mais”, comentou Pedro Guimarães.
Já os R$ 2 bilhões que visam às empresas do setor de saúde serão oferecidos pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES). "Aprovamos hoje uma linha emergencial para as empresas de saúde de até R$ 2 bilhões. Será disponibilizada na semana que vem", afirmou o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, que também participou da cerimônia desta sexta-feira no Palácio do Planalto.
Saiba Mais
Montezano ainda prometeu uma "flexibilização extrema da taxa" de juros nessa linha e disse que 30 empresas já foram mapeadas para receber parte desses recursos.
Infraestrutura
Gustavo Montezano ainda disse que o BNDES vai anunciar em até duas semanas um pacote de socorro para as companhias aéreas, que também foram duramente afetadas pela pandemia do coronavírus por conta da redução do número de passageiros provocada pelo Covid-19.
"Estamos priorizando o transporte de passageiros, seja aéreo ou terrestre. Em até duas semanas, vamos anunciar um pacote completo para as áreas. E estamos discutindo o melhor caminho para o [transporte] terrestre", disse o presidente do BNDES, dizendo que essas medidas estão sendo desenhadas em conjunto pelo banco e pelos ministérios da Economia e da Infraestrutura.
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