Economia

Empréstimo: suspensão mais longa

Correio Braziliense
postado em 28/03/2020 04:04
Pedro Guimarães:

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, garantiu, ontem, que o banco está preparado para estender em até 150 dias a suspensão do prazo para pagamento de empréstimos contratados por pessoas físicas e jurídicas, incluindo financiamento habitacionais, em razão da crise causada pela pandemia do coronavírus. O anuncio foi feito, ontem, em entrevista ao programa CB.Poder, uma parceria do Correio Braziliense e a TV Brasília.

O prazo, inicialmente, continua estendido de 60 para 90 dias, mas, dependendo da necessidade, pode ser ampliado ainda mais. “A Caixa é um banco de todos, especialmente dos mais humildes. Pensando nisso, caso essa crise seja maior do que a gente está prevendo, aumentaremos os prazos na medida do possível. Se for preciso, passaremos de 90 para 120 dias, ou até mesmo 150 dias. Nós, do banco, faremos os ajustes sempre que for necessário”, adiantou Guimarães, que, mais tarde, em coletiva no Palácio do Planalto, confirmou a proposta.

De acordo com o presidente da Caixa, as parcelas postergadas serão incluídas no montante do financiamento. A ideia é dar um fôlego ao contribuinte no momento mais agudo da dificuldade. “O que acaba acontecendo é que nós colocaremos esses três meses no saldo devedor. Não pesa tanto no pagamento”, explicou.

No Palácio, Guimarães também disse que, desde o anúncio da medida, mais de 800 mil famílias já negociaram a suspensão temporária do pagamento das prestações da casa própria pelos canais virtuais da Caixa. Conforme disse, na última semana, o banco emprestou mais de R$ 20 bilhões, de R$ 111 bilhões ofertados, aos trabalhadores e às empresas que têm tentado enfrentar o atual momento de desaceleração econômica.

A Caixa deve ser uma das instituições a pagar o auxílio emergencial de R$ 600 aos informais. Caso seja escolhida para efetuar o repasse, é possível que o banco proponha um calendário de escalonamento, como forma de evitar aglomerações nas agências bancárias ou casas lotéricas.

“Provavelmente, será da mesma maneira que fizemos no saque imediato (das contas inativas) do FGTS. Exatamente para evitar que 30 mil, 40 mil pessoas na mesma hora, no mesmo dia e na mesma agência”, comentou.

* Estagiário sob supervisão de Fabio Grecchi

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