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%u201CO que está em jogo é a saúde da população e da economia. É preciso ter diálogo entre todos os envolvidos%u201D

Correio Braziliense
postado em 31/03/2020 04:04
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“Não se faz gestão 
com ideologia”

Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, ex-ministro da Justiça e da Defesa, e agora presidente do conselho do BTG Pactual, tem uma qualidade cada vez mais rara: a capacidade de dialogar com os diferentes espectros políticos. Em uma live realizada ontem pela empresa Money Report, Jobim analisou o cenário atual. Confira:

Crise do coronavírus
“O que observo é uma falha grave de gestão do problema. O que está em jogo é a saúde da população e da economia. É preciso ter diálogo entre todos os envolvidos. Não se faz gestão com ideologia”.

Embates entre Bolsonaro e governadores
“O que está por trás disso tudo é a eleição de 2022, que contamina o enfrentamento do problema. Entrou uma nova variável no sistema político, que é o ódio. Esse ódio impede o entendimento”.

Reformas
“Não há ambiente para discutir as reformas administrativa e tributária. Estamos numa emergência, não há espaço para isso”.

Futuro
“O Brasil vai sobreviver, mas acho que haverá uma reordenação das alianças políticas”.

“O pior que pode acontecer é reabrir a atividade econômica muito cedo. Se não houvéssemos fechado, poderíamos ter provocado 2,2 milhões de mortes”

Donald Trump, 
presidente dos Estados Unidos

R$ 50 milhões

é quanto o Grupo Votorantim doará para a compra de equipamentos de combate ao coronavírus. O valor será destinado a governos e instituições de saúde
 
 
Testes comprados pela Vale começam a chegar
O primeiro lote dos testes rápidos para a detecção da infecção pelo coronavírus, comprados pela Vale, na China, chegaram ontem, no aeroporto de Guarulhos (SP). Foram levados para um Centro de Distribuição de Medicamentos, do Ministério da Saúde, em São Paulo, e começarão a ser distribuídos hoje.

Home office pode afetar mercado de imóveis corporativos
O mercado da construção civil, que estava em plena retomada, pode enfrentar dificuldades com as mudanças impostas pelo coronavírus. O home office certamente levará empresas a reduzir o tamanho físico de suas operações. A nova realidade reduzirá a demanda pelos empreendimentos corporativos? Os preços cairão? É provável que sim. Na cidade de São Paulo, muitos terrenos vazios estão à espera de obras. E agora, como ficarão esses espaços?

Fundador do Fogo de Chão pede socorro
Arri Coser, fundador do Fogo de Chão e dono dos restaurantes Maremonti e NB Steak, lidera um movimento de empresários do setor para encontrar alguma saída para a crise. Uma das ideias é pedir, ao governo e aos bancos, um valor mínimo de R$ 1 mil para os funcionários ficarem em casa. Coser também negocia com fornecedores o prazo de até 120 dias para o pagamento das dívidas. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o segmento pode perder 6 milhões de empregos.

Europa, EUA e Brasil adiam pagamento de dividendos
Enquanto a crise durar, os investidores dificilmente receberão dividendos. O movimento começou na Europa. Há alguns dias, o Banco Central Europeu pediu às instituições financeiras que não paguem dividendos até o fim da pandemia da Covid-19. Se a ideia vingar, serão liberados 30 bilhões de euros para o sistema de saúde. Nos Estados Unidos, um movimento semelhante propõe a suspensão total de dividendos até o final de 2020. No Brasil, a Petrobras adiou o pagamento de maio para dezembro.

Rapidinhas

Nem todas as empresas estão em compasso de espera. A Klabin comprou o negócio de papéis para embalagens e papelão ondulado da International Paper no Brasil. A operação foi fechada por R$ 330 milhões (R$ 280 milhões à vista e R$ 50 milhões em até um ano). Segundo a Klabin, a unidade produz 305 mil toneladas anuais.

A China acelera. Ontem, a Renault informou que retomará as operações em suas unidades industriais na China e na Coreia do Sul. A unidade chinesa fica em Wuhan, epicentro inicial da pandemia, onde as atividades foram suspensas no final de janeiro. Lá são fabricados 150 mil carros por ano.

A equipe Mercedes de Fórmula 1 desenvolveu um dispositivo respiratório não invasivo que ajuda pacientes que precisam de cuidados intensivos. Aprovado no Reino Unido, o aparelho aumenta a quantidade de oxigênio nos pulmões. Os engenheiros da Mercedes criaram o respirador em parceria com médicos e pesquisadores da University College London.

A FIA (Fundação Instituto de Administração) liberou na plataforma Coursera seis cursos gratuitos, em português e inglês, para quem quiser aproveitar a quarentena. Eles vão desde cursos gerais, como Teoria Geral da Administração Para Executivos, até específicos, como Gestão de Clubes. Para inscrições, é só acessar o site: https://pt.coursera.org/fia


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