Correio Braziliense
postado em 03/04/2020 16:26
As medidas emergenciais adotadas pelo governo vão engordar o caixa dos bancos em R$ 300 milhões. Cálculos da Associação Contas Abertas dão conta que de o benefício emergencial de manutenção de emprego e renda, de R$ 51,4 bilhões, vai representar R$ 107,8 milhões em serviços bancários. Como o auxílio de R$ 600 para os informais vai custar R$ 98,2 bilhões, praticamente o dobro, os custos com serviços bancários podem chegar a R$ 200 milhões.O secretário-geral da Contas Abertas, Gil Castello Branco, sustentou que o ideal seria os bancos abrirem mão desses valores, pelos seus serviços, já que a hora é de todos perderem um pouco. “Os bancos poderiam dar uma contribuição e fazer uma redução relevante desses serviços bancários”, sugeriu. “Caso não o façam, irão fortalecer a idéia de que operam como os cassinos: a banca sempre ganha”, afirmou o especialista.
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Isso porque o auxílio emergencial será difícil de ser retirado. “A previsão do coronavoucher é pagar por três meses, ou seja, até julho. Só que pelas previsões do Ministério da Saúde, a propagação do vírus só vai parar de subir em agosto, então o auxílio terá de ser prorrogado”, estimou. “Na prática, não vai ser fácil fazer o desmame desses recursos”, concluiu.
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