Economia

Posição de Bolsonaro e o efeito Mandetta fazem bolsa de valores oscilar

Nos Estados Unidos, o S 500, principal indicador de avaliação das ações do mercado norte-americano, avançou 7,03%

O mercado teve sessão de otimismo, reagindo à desaceleração de casos do novo coronavírus na Europa e às medidas anunciadas ontem pelo Banco Central para facilitar o crédito às empresas. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) terminou com alta de 6,52%, aos 74.072 pontos, com volume financeiro negociado de R$ 21,6 bilhões. A B3 acompanhou também o movimento favorável das bolsas no exterior. Nos Estados Unidos, o S&P 500, principal indicador de avaliação das ações do mercado norte-americano, avançou 7,03%. O Dow Jones, mais ligado ao setor industrial, avançou 7,73%. Na Europa a Bolsa de Valores de Paris teve ganhos de 4,61% e a de Londres, de 3,08%. No mercado de câmbio doméstico, o dólar comercial dólar recuou 0,65%, fechando na cotação de R$ 5,29.

A B3 chegou a subir mais de 8%, mas diminuiu ganhos com as especulações de que o presidente Jair Bolsonaro poderia exonerar o ministro da Saúde, Henrique Mandetta. O economista da BlueMetrix, Renan Silva, avaliou como o mercado observa o embate entre a saúde e a economia, principal motivo da divergência entre Bolsonaro e Mandetta. “Sabemos que o Mandetta está desalinhado com o que Bolsonaro desejaria, contudo tem fundamentos com base nas autoridades mundiais e em outros controles mais eficazes mundo afora. Ao mesmo tempo, o mercado também espera que as empresas tenham o menor impacto possível. Claro que a vida está em primeiro lugar, mas é preciso encontrar uma maneira de as empresas perderem menos receita e estancar o crescimento do desemprego”, afirmou.

* Estagiária sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza