Economia

Micro e pequenas empresas pedem liberação de crédito via máquina de cartões

A reivindicação foi formalizada em carta encaminhada ao ministro e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

Correio Braziliense
postado em 07/04/2020 06:00
ilustração de bolso vazioEntidades patronais do comércio em geral continuam aguardando medidas mais contundentes para o socorro de micro e pequenas empresas, que devem ser as mais afetadas pela crise financeira desencadeada pela pandemia provocada pelo novo coronavírus.

“O que é preciso é uma liberação do crédito via as máquinas de cartões para microempresas e microempreendedores individuais (MEI)”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci. Segundo ele, os empresários do setor reforçaram esse pedido no fim de semana, durante videoconferência com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

A reivindicação foi formalizada em carta encaminhada ao ministro e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na semana passada, com várias sugestões de medidas que poderiam ser tomadas pelo governo para socorrer empresas e possibilitar a manutenção de empregos.

Solmucci informou, ainda, que os empresários também estão solicitando que a Medida Provisória nº 936, que trata da redução de salários e de jornada e permite a suspensão dos contratos, passe a ter validade retroativa para março. “Assim, as demissões que ocorreram no mês passado poderiam ser revertidas com a suspensão dos contratos”, explicou.

Nova linha

O Ministério da Economia informou ontem que o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma linha de crédito especial para o setor produtivo para atender aos municípios com estado de calamidade pública reconhecido, em decorrência da emergência de saúde relacionada à Covid-19, localizados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. 

Essa linha de crédito especial utilizará recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO) e ela será destinada às pessoas físicas e jurídicas, incluindo cooperativas que exerçam atividades não rurais, de até R$ 100 mil por clientes, para capital de giro, e de até R$ 200 mil para investimentos.

Para Solmucci, essa medida também é positiva para microempresas, mas não atende à necessidade do setor que poderia ter uma liberação mais rápida de recursos pelas máquinas de cartões. “O governo prometeu desenhar uma nova medida com as operadoras, mas não citou uma data na qual isso poderá ser anunciado”, destacou.

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