Economia

Ibovespa tem alta acompanhando bolsas americanas; dólar recua a R$ 5,14

As bolsas ganharam força após a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto

Correio Braziliense
postado em 08/04/2020 17:50
DólarSeguindo a alta do mercado americano, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), terminou o dia com alta de 2,97%, a 78.624 pontos, com volume financeiro negociado de R$ 21,98 bilhões, nesta quarta-feira (8/4). Nos Estados Unidos, o S&P 500, principal indicador de avaliação das ações do mercado norte-americano, registrou ganhos de 3,41%, enquanto o Dow Jones avançou 3,44% e Nasdaq, 2,58%.

As bolsas ganharam força após a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), em que os juros nos EUA foram reduzidos a um patamar próximo de zero. Na ata, os integrantes do Federal Reserve (Banco Central americano) sinalizaram que a taxa básica se manterá nesse nível até que a economia americana reaja ao coronavírus.

O analista de ações da Spiti, Gustavo Almeida, destaca que em meio a tantas incertezas o mercado começa a dar sinais de melhora. “A bolsa trabalhou na parte da manhã no campo indefinido, oscilando entre alta e baixa até que entrou para o lado positivo com a Ata do Fed, que trouxe em seu conteúdo uma visão de expectativa de retomada mais rápida da economia. Além disso, o petróleo parece estar retornando a um patamar de preço mais condizente com a realidade das petrolíferas e as expectativas são de um alinhamento de interesses e redução na produção do preço da commodity”, disse.

Saiba Mais

O dólar comercial registrou mais um dia de recuo. Diante do otimismo do mercado, a moeda norte-americana fechou em queda de 1,62%, cotada a R$ 5,14, caminhando para fechar sua primeira semana de baixa em quase três meses de alta. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, chegou a dizer que a autoridade monetária tem muito arsenal e pode fazer maiores atuações no câmbio se necessário.

Para o economista Ciro Almeida, da G2W Investimentos, o que tem corroborado é a diminuição do pessimismo a longo prazo. “O presidente do BC também deixou aberta a possibilidade de entrada no mercado secundário para compra de títulos para acabar com o problema de liquidez. Se necessário, também está preparado para intervir principalmente na redução de juros. O Brasil vem tentando se ajustar mercado doméstico, andando em paralelo com as expectativas dos EUA que tem feito intervenções para trazer liquidez e incentivar a atividade econômica a curto prazo”, avaliou.
 
*Estagiária sob supervisão de Fernando Jordão 

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