Economia

Falei para Moody's que gasto será provisório, diz Mansueto

Ele disse que tentou deixar claro que os gastos feitos agora são temporários, e isso deixou a agência de classificação de risco "mais calma" em relação ao quadro fiscal do País

Correio Braziliense
postado em 11/04/2020 18:47

Ele disse que tentou deixar claro que os gastos feitos agora são temporários, e isso deixou a agência de classificação de risco O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida disse que em conversas com a agência Moody's relatou a situação do Brasil neste momento de combate ao novo coronavírus. Ele disse que tentou deixar claro que os gastos feitos agora são temporários, e isso deixou a agência de classificação de risco "mais calma" em relação ao quadro fiscal do País.

 

"Se ficarmos nesse curto prazo de ação com muito controle, o aumento da despesa será apenas temporário. As agências de risco vão entender", disse, acrescentando que a maioria dos programas de estímulo econômico tende a durar de três a quatro meses.


Mansueto disse acreditar que na próxima semana o Congresso deve aprovar a chamada PEC do Orçamento de guerra. A PEC tem o objetivo de dar maior previsibilidade para a despesa temporária, inclusive liberando o País de cumprir a regra de ouro e o teto de gastos. "A ideia é que se crie algo permanente. A partir do próximo ano, toda a despesa terá de ser levada em conta, o teto de gastos", afirmou.

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O secretário disse ser muito difícil estimar o quanto o crescimento econômico será prejudicado e como isso afetará a arrecadação em termos numéricos em 2020, e a base de impostos para 2021. Conforme ele, em conversa virtual organizada pela Genial Investimentos, o foco agora é o curto prazo, são as medidas emergenciais.

 

Depois que a crise passar, disse, o governo terá de ser ágil na condução das reformas, mas adiantou que talvez seja difícil aprovar a reforma tributária este ano. "Algumas são mais fáceis de aprovação curto prazo, como a independência do Banco Central, a do novo marco regulatório do saneamento e abertura comercial", disse, completando: "o grande desafio é sair da crise e avançar de forma mais rápida nas reformas; sermos mais ousados."

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