Economia

Possível remédio para Covid-19 faz ações de empresa dispararem na bolsa

Os primeiros testes do antiviral remdesivir indicaram melhora em sintomas respiratórios e redução da febre, além de acelerar recuperação em pacientes internados

Correio Braziliense
postado em 17/04/2020 10:37
Os primeiros testes do antiviral remdesivir indicaram melhora em sintomas respiratórios e redução da febre, além de acelerar recuperação em pacientes internadosA notícia com resultados preliminares positivos para o tratamento da Covid-19 por meio do antiviral remdesivir fez as ações da empresa norte-americana Gilead Science, responsável pelo desenvolvimento do estudo, dispararem na bolsa de valores. 

O antiviral remdesivir já é usado para tratar ebola. Nos testes em pacientes com síndrome respiratória do novo coronavírus, o relatório inicial indicou a melhora em sintomas respiratórios e redução da febre. Mas, na prática, o desenvolvimento de medicamentos pode demorar anos.

O resultado fez as ações da Gilead Scienc valorizarem mais de 16% depois do fechamento das Bolsas dos EUA no mesmo dia do anúncio dos resultados preliminares do novo medicamento, publicados na quinta-feira (16/4). 

Em fevereiro, as ações da americana de biotecnologia já começavam a se valorizar com os sinais positivos do remdesivir no tratamento da Covid-19. Nessa data, a empresa começava os ensaios clínicos com o medicamento em seres humanos, por meio de parceria com as autoridades de saúde da China.

Assim como a empresa norte americana, a maioria do setor farmacêutico vêm se valorizando durante a pandemia. Ações da Roche Holding subiran quase 2% depois que o grupo suíço disse que estava pesquisando um novo teste sorológico para detectar anticorpos em pessoas expostas ao coronavírus. 

Novartis também viu as ações aumentarem 1,96%, as da AstraZeneca cresceram 2,29%; Sanofi (PA:SASY), 2,17% e Novo Nordisk tiveram mais de 1% de alta. 
 
 

Primeiros indícios dos testes do antiviral remdesivir contra Covid-19


A medicação em estudo foi testada em 125 pacientes em Chicago, nos Estados Unidos. Delas, 113 tinham a forma grave da doença causada pelo novo coronavírus. Quase todos apresentaram melhora e receberam alta do hospital em menos de uma semana. Duas pessoas do grupo morreram.  

A infectologista da Universidade de Chicago Kathleen Mullane revisou o estudo para o hospital em que o remédio está sendo testado. Ela ressalta que a pesquisa ainda não pode apresentar conclusões. “Os 125 pacientes “não inclui um grupo de placebo para comparação”, ressalta. 

Saiba Mais

Os primeiros indícios, porém, são esperançosos. Segundo a médica Kathleen Mullane, pacientes deixaram o respirador um dia após o começo do tratamento com o antiviral remdesivir. Outros grupos estão sendo testados com a mesma medicação em outros países. 

Ao todo, a biofarmacêutica analisa 2.400 pacientes que adotam a medição em casos graves da Covid-19. A Gilead também testa o tratamento com 1.600 pacientes que têm a forma moderada da doença em 169 centros diferentes.

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